Fernanda Cristina Cunha


O Clube do conto precisa ir além! A gente já conversou por aqui sobre as origens do Clube do Conto. Além disso, falamos um pouquinho sobre quais demandas ele respondeu e sua importância. Diante isso, o projeto traz à luz a necessidade que se tem de haver momentos de troca, de discussão e de construção coletiva, sem acontecerem avaliações ou juízos de valor. 

A leitura permeia as relações e necessidades humanas em suas variadas esferas, no entanto, no que se refere à leitura do texto literário, os hábitos de leitura não são tão perceptíveis, seja pela falta de acesso aos livros, pelo acúmulo de outras atividades em meio às rotinas agitadas da contemporaneidade, pelo desinteresse ou falta de incentivo. Por isso criar espaços que oportunizem o contato com a leitura fruitiva transforma os indivíduos envolvidos e a realidade vivida. 

Com isso, sugere-se que o projeto Clube do Conto seja adaptado e executado em diferentes locais: escolas, centros sociais, universidades, projetos comunitários, entre outros, pois, acredita-se que uma proposta que tem se mostrado tão pertinente não possa ficar limitada a uma instituição ou a um grupo de pessoas. 

Esse projeto pode ser pensado para se trabalhar com práticas educativas formais e não formais, tanto visando o incentivo à leitura literária como a possibilidade de fomentar discussões e envolvimentos dialógicos entre os sujeitos. 

Ah! Mas parece difícil? A gente tem pequenas fórmulas para ajudar você a construir seu próprio Clube do Conto. Olha só:

A) Curadoria dos contos: Ahh e você pode ver todos que nós discutimos nesses quatro anos de encontros aqui http://bit.ly/contosclube2021.

B) Escolha e convite dos mediadores: A alternância de mediadores é muito importante para trazer novas formas de ver o mundo de encontro a encontro.

C) Divulgação dos encontros e da grade: Vamos trabalhar o marketing desses encontros hein? Vale Post, Flayer, divulgação no Whats, o importante é atingir a comunidade. 

D) A realização do encontro: E esse é com você, presencial ainda tá difícil? Bora online! O importante é reunir todos os interessados <3

E) O registro: A gente sabe que uma memória fica no coração né? Por isso vale muito a pena registrar seja por fotos, prints  ou mesmo registro escrito dos sentimentos dos participantes através de post-its. 


Ficou com dúvida? Quer saber mais? Envie um email para a gente, podemos lhe ajudar <3 

Fernanda Cristina Cunha é graduanda de Psicologia pela Univille. Atua como bolsista do Proesde e busca através dos livros que lê as longas caminhadas por dentro de si mesma

   Fernanda Cristina Cunha


Vamos conversar sobre o ler, pensado através do Clube do Conto? A leitura permeia as relações e necessidades humanas em suas variadas esferas, no entanto, no que se refere à leitura do texto literário, os hábitos de leitura não são tão perceptíveis, seja pela falta de acesso aos livros, pelo acúmulo de outras atividades em meio às rotinas agitadas da contemporaneidade, pelo desinteresse ou falta de incentivo ou pela necessidade que é colocada, em muitos casos, sobre a literatura precisar de objetivos e finalidades específicos para ser consumida.

 Quando a leitura é pensada dentro do espaço universitário, percebe-se que já é uma prática recorrente, típica e familiar, e que, de certa forma, não gera expectativas nos leitores, por ser em sua maioria técnica ou teórica, já esperada.  E, quando, nesse espaço ela é literária, está associada a trabalhos avaliativos, levando-a ao seu aspecto escolarizado, “academicizado” e não propriamente de fruição. Nesse sentido, a universidade, por preconizar o olhar crítico, a formação reflexiva e científica, precisa de momentos em que a fruição literária tenha espaço, uma vez que, com ela, bases ideológicas, históricas e psicológicas do sujeito podem ser repensadas e desestabilizadas. 

E é isso que o Clube do conto objetiva, criar experiências literárias em ambientes diversos, pois é com elas que poderemos projetar visões mais aguçadas sobre sua realidade, buscando sua modificação e a reflexão. 

Pela discussão da literatura, que trazemos temáticas de relevância. Além disso, é pela leitura do literário, dada de modo dialógico, que se tem o essencial: a fruição, a partir de uma leitura livre, espontânea e com a única finalidade de ser questionada, repensada e dialogada no coletivo, fazendo que nos sintamos parte do processo e da construção de novos olhares ou saberes.



Esse projeto pode ser pensado para se trabalhar com práticas educativas formais e não formais, tanto visando o incentivo à leitura literária como a possibilidade de fomentar discussões e envolvimentos dialógicos entre os sujeitos. O que deve ser sempre levado em consideração é que a literatura, enquanto manifestação artística, precisa expandir-se nas mais variadas relações e contextos, potencializando os espaços de liberdade que propõe.

Fernanda Cristina Cunha é graduanda de Psicologia pela Univille. Atua como bolsista do Proesde e busca através dos livros que lê as longas caminhadas por dentro de si mesma

  Fernanda Cristina Cunha


O Clube do conto você  já conhece não é? Mas que tal conhecer um pouquinho mais sua origem e o números envolvidos nesse projeto maravilhoso que existe desde 2017?
A criação do projeto perpassou pela problemática muito observada nas universidades de um modo geral, que é a do afastamento do estudante aos textos literários e da leitura fruitiva. Esse afastamento se dá em muitas vezes pela carga de leituras teóricas que são exigidas nos cursos de graduação e pós-graduação.

Contudo, para além do ambiente universitário, surgiu pelo olhar sensível à comunidade e a como poderíamos levar a leitura fruitiva até eles. Por meio dessa iniciativa a comunidade acadêmica e não acadêmica é beneficiada, pela possibilidade de discussão do literário no coletivo, sem responsabilidades associadas; um espaço típico de educação não formal em que todos os olhares são relevantes para a construção conjunta e para a problematização das temáticas. 

O debruçar-se sobre novos contos e autores, clássicos e contemporâneos, permite ainda que o leitor e participante tenha um maior acesso à literatura, que, possivelmente, não seria descoberta sem intervenções como essa.

Sendo um projeto contínuo, em que os participantes se reúnem quinzenalmente, entre os meses de abril a novembro, totalizamos mais de 50 encontros, ou seja 50 contos lidos e discutidos. Autores como Lygia Bojunga, Anton Tchekhov, Bartolomeu Campos de Queiroz e Haruki Murakami são alguns dos tantos e tantos autores envolvidos no projeto. 




Todos os contos são encontrados no acesso: http://bit.ly/contosclube2021. Essa disponibilização dos contos oportuniza que mesmo após o encontro, o contato com a obra permaneça para aqueles que não tiveram oportunidade de estar presente. 

Fernanda Cristina Cunha é graduanda de Psicologia pela Univille. Atua como bolsista do Proesde e busca através dos livros que lê as longas caminhadas por dentro de si mesma
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