Defesa da Dissertação de Andréa de Oliveira

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A memória é um caleidoscópio. (José Saramago)

Na manhã de hoje ocorreu a defesa da Dissertação “Cá e lá, histórias há: mitos e símbolos nas lendas de São Francisco do Sul e da Ilha da Madeira”, da Mestranda Andréa de Oliveira, sob orientação da Professora Drª Sueli de Souza Cagneti, coorientação da Drª Luisa Maria Soeiro Marinho Antunes Paolinelli, do curso de Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE.

Andréa iniciou sua defesa contando uma das lendas analisadas no trabalho. Antes disso, ainda, destacou que a pesquisa foi proveniente de um livro, de sua autoria, “Retalhos de Iperoba”, escrito para que as histórias de um povo de uma localidade (Iperoba, SC) fosse registrada: “Cresci num ambiente ouvindo muitas histórias. Daí, recolher histórias, registrá-las, tirá-las da oralidade e passá-las à forma escrita”.

São Francisco do Sul e Ilha da Madeira, duas ilhas num mesmo oceano, afirmou Andréa, apresentando cartograficamente as duas ilhas e situando o público dessa forma. E, sobre essas duas localidades, a mestranda destacou algumas lendas com os quais ela trabalhou: Lendas do lado de cá (São Francisco do Sul): Ubatuba ou Lenda de Gonneville; A sereia do milharal; Armadilha para pegar bruxa; Lenda da bruxa que corria montada em uma égua; A bruxa do Iperoba. Lendas do lado de lá (Ilha da Madeira): Lenda de Machim ou Machico; Lenda da espada de S. Sebastião; Lenda da bruxa que foi pega por uma vassoura; Lenda do sobrinho de uma bruxa. E, nessas lendas, destacaram-se alguns mitos e símbolos, presentes ora em todas, ora em algumas. Mitos como: do herói; fundador; do eterno retorno; e da sereia. Símbolos como: cruz, espada, lua e mar.

A hipótese da pesquisa de Andréa era: Os contos populares, especificamente lendas, transportam mitos e símbolos e registram a identidade de um povo. E, para chegar a possíveis respostas para esta hipóteses, o caminho percorrido passou por: “Duas margens e alguns conceitos: A literatura de tradição oral, no Brasil e em Portugal. A literatura entre o oral e o escrito”, “Pistas para o imaginário: Lendas: um jeito de narrar. Os velhos e suas memórias. Duas ilhas e um mesmo oceano. Língua Portuguesa e identidade”, e “No caminho: a seleção, a análise e algumas considerações sobre o tema cultura: Análises de lendas de heróis e de bruxas”, três capítulos do trabalho.

Finalizando sua apresentação, a mestranda afirmou: “Lendas... Mas, no contexto pós-moderno... é incoerente pensarmos em fronteiras fixas, estabelecidas. No mundo pós-moderno, é tudo em trânsito, são várias identidades, sofremos influências e agregações contínuas. Cada homem é mais que uma raça. É mais do que uma delimitação geográfica, política. Nós não somos o berço que nascemos”.
Andréa de Oliveira, parabéns prolijianos à nova mestra em Patrimônio Cultural e Sociedade!


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Um comentário:

Aninha Kita disse...

Apresentação confiante, enriquecedora e agradabilíssima.
Defesa tensa, ao menos para mim muitíssimo tensa.

Ao final, como merecido: Aprovada! Mais do que isso, aconselhada a fazer algumas melhoras e publicar sua dissertação.
Parabéns, Andréa!

Beijos, Ana.

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