Sonia Regina Reis Pegoretti

Lenice Gomes, Arlene Holanda e Clayson Gomes já escreveram vários livros com a temática centralizada na literatura oral e em 2009 dividiram a autoria do livro Nina África contos de uma África menina para ninar gente de todas as idades. As narrativas aqui apresentadas mantêm todas as características das histórias orais, típicas do continente africano. É como se ouvíssemos as histórias em vez de lê-las.
Cada um dos autores escreveu dois recontos. Os mitos, lendas e fábulas aqui narrados, são de um tempo em que o Céu e a Terra ainda eram próximos, os animais e os seres humanos viviam em harmonia. Um dia nasceu a chuva, no outro nasceu a brisa. A experiência entre o humano e o divino se faz acontecer, trazendo a magia para dentro das histórias.
A ilustração de Maurício Veneza é simples, optando muitas vezes por utilizar tom sobre tom, mas bem articulada e expressiva, complementando as narrativas.

Livro: Nina África – contos de uma África menina para ninar gente de todas as idades.  
Autores: Lenice Gomes, Arlene Holanda e Clayson Gomes
Ilustração: Maurício Veneza
Editora: Elementar
Ano: 2009

Por Sonia Regina Reis Pegoretti


            A literatura africana está recheada de histórias que falam de príncipes e princesas. Na maioria dessas histórias seus protagonistas são grandes heróis e realizam grandes feitos. Quando li o título do conto “O príncipe medroso” fiquei intrigada e fui correndo ler. Neste reconto de Anna Soller-Pont, que é encontrado na África oriental, principalmente na Somália e Etiópia, aparece a figura do príncipe Sintayehu que estava deixando seu pai, o rei, muito preocupado. Apesar da sua inteligência, beleza e simpatia, o príncipe não demonstrava nenhum tipo de bravura. Tinha medo de tudo. Já seu pai, era tido como um corajoso combatente, mas essa característica parecia não ser herdada pelo seu filho Sintayehu.
            Um belo dia o rei pensou e acabou por decidir enviar seu filho a uma grande caçada, que era celebrada todos os anos, pois assim ele finalmente poderia demonstrar sua valentia. Sintayehu tentou forjar as mais esfarrapadas desculpas para não participar, mas não teve jeito. O rei estava decidido a transformar seu filho em homem!
            Quando finalmente partiu, o príncipe nunca sentiu tanto medo. Sentindo-se desorientado resolveu subir numa árvore e acabou adormecendo. Lá pelas tantas aparece um bicho peludo, e assustado, Sintayehu cai da árvore direto para o lombo do bicho! “Eeeeoooo!!!” Quanto mais Sintayehu gritava mais o bicho corria. Após atravessar toda a floresta ele acaba por chegar a uma praça de um reino vizinho montado em uma hiena. Fazendo-se parecer corajoso, ele manda chamar o rei local.
            Da janela de seu quarto, a princesa Jetu observava tudo e... apaixona-se por ele a primeira vista!
            O desenrolar dessa história é surpreendente e leva o leitor a deliciar-se com a astúcia e também a sorte desse príncipe! Como ele fará para capturar o mais feroz dos leões para se casar com a princesa Jetu, condição estabelecida pelo pai da moça, se no seu íntimo se sentia um grande medroso?
            Anna Soler-Pont ao recontar essa narrativa de forma leve e até cômica em muitos momentos, consegue mostrar como o comportamento dos príncipes e princesas são importantes para seus reinos, trazendo como pano de fundo a temática das tradições. A presença dos elementos da natureza, como a floresta e os animais selvagens, assim como o domínio do homem sobre ela, também reforçam a ideia dos mitos e lendas africanos. No final da história o leitor pode tirar suas próprias conclusões: O príncipe é realmente medroso ou foi muito valente ao enfrentar seus medos?

Livro: O príncipe medroso e outros contos africanos
Autora: Anna Soler-Pont
Ilustração: Pilar Millán
Editora: Cia das letras
Ano: 2009

         A sabedoria de diferentes povos africanos, sua arte, cultura e história estão registradas na escrita e nas ilustrações de Marilda Castanha no livro Agbalá – um lugar continente, editado pela Cosac Naify.
         Trata-se de uma publicação de caráter informativo que busca o sentido das experiências vividas por todos aqueles que carregam a África dentro de si. De maneira artística, recupera uma paisagem anterior mesmo a chegada dos europeus no continente, perpassando da escravidão à resistência, dos ancestrais aos rituais, de raízes a árvores e de santos a orixás.
         Ao proporcionar um encontro com a herança cultural africana e suas manifestações em terras brasileiras, a autora resgata também a luta pessoal e coletiva de nossa gente, contando a história de muitas histórias, como se cada um, dentro de si, tivesse a semente e a memória do lugar, do lugar-continente: agbalá.
         A obra recebeu em 2002, o prêmio Melhor Livro Informativo pela FNLIJ – Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, ocasião em que era publicado pela Editora Formato.

Por Cleber Fabiano da Silva.
Pesquisador voluntário do PROLIJ - UNIVILLE
       

FICHA TÉCNICA:

AGABALÁ – um lugar-continente
Autora e ilustradora: Marilda Castanha
Editora: Cosac Naify
Ano: 2007

         Era uma vez um rei africano. Um rei sem coroa, sem espada, sem terra. No entanto, esse nobre homem emprestou sua história para virar símbolo de luta para o povo brasileiro. Perdeu a coroa, mas nunca a majestade; sem espada, mas representando uma grande batalha; sem terra, mas respeitado em dois continentes.
         O livro A história de Chico Rei de Béatrice Tanaka, editora SM, 2010, apresenta a lenda, a narrativa, o samba-enredo, o maracatu, a congada, os desenhos, as ilustrações, as fotos, o teatro, o balé, os poemas, enfim, todo tipo de registro que envolve a trajetória de Francisco, o ex-rei que foi trazido da África para trabalhar como escravo em terras brasileiras.
      Em sensíveis manifestações de variadas linguagens, a autora contextualiza historicamente os episódios e narra, de modo muito especial, a lenda em torno desse mito. Encanta ainda com as letras criadas pela Escola de Samba – Acadêmicos do Salgueiro – que, no auge da ditadura militar, escolheu o exemplo libertário de Chico Rei como tema para o seu desfile e transformou homens comuns em deslumbrantes soberanos.
            Vale destacar também no livro, as referências dos poemas de Cecília Meireles em Romanceiros da Inconfidência e, ao final, o Pequeno Caderno de Lembranças da Autora com desenhos dos anos de 1950. Sem falar nas belíssimas ilustrações, recriando o clima setecentista no qual se passa a história. Uma obra alternativa que salvaguarda a memória de um importante episódio na construção da identidade de nosso país.


Por Cleber Fabiano da Silva.
Pesquisador voluntário do PROLIJ - UNIVILLE
             
            FICHA TÉCNICA:

            A HISTÓRIA DE CHICO REI
            Autora e ilustradora: Béatrice Tanaka
            Editora: Edições SM
            Ano: 2010

            As recentes mudanças nas diretrizes educacionais convocam a presença da história e da cultura afro-brasileira no âmbito de todo o currículo escolar. Na esteira dos pressupostos legais, uma quantidade imensa de livros que remetem ao universo africano e/ou afro-brasileiro vem sendo publicados e tomados como literatura infantil quando, na verdade, possuem caráter informativo.
            Não se trata de desmerecer a importância dessas publicações, mas da necessidade de examiná-los em que medida a linguagem, a ilustração e os discursos neles apresentados estejam em consonância com as formas especificamente infantis de compreensão do mundo e de adequação desses conteúdos.
            Na contramão desse movimento: Meu tataravô era africano, da Difusão Cultural do Livro, escrito por Georgina Martins e Teresa Silva Telles, com ilustrações de Mauricio Negro, traz de modo didático, ao mesmo tempo, artístico, um pouco da história e da cultura afro-brasileira.
            Um menino e seu avô percorrem toda a trajetória dos negros na formação de nosso povo, desde a saída da África nos porões dos navios, mostrando as rotas de escravos até a difícil chegada e condições de permanência dos cativos nas senzalas. Ilustrado com obras e fragmentos de grandes intelectuais e artistas, desfilam em meio ao texto, Gilberto Freyre, Debret, Gilberto Gil, Castro Alves, Pe. Antônio Vieira, Rugendas, entre outros. 
            O garoto Inácio ouve muitas histórias de seu avô, mas também repassa e corrige, sob orientação da professora, erros nos discursos didáticos de sua escola, discutindo conceitos e preconceitos históricos e cotidianos. Recolhendo informações de livros, mapas, músicas, danças, religião e culinária, os dois traduzem a herança africana que encontrou em terras brasileiras um jeito híbrido e, curiosamente, singular de resistência.


Por Cleber Fabiano da Silva.
Pesquisador voluntário do PROLIJ – UNIVILLE.


Ficha Técnica:

MEU TATARAVÔ ERA AFRICANO
Autores: Georgina Martins e Teresa Silva Telles
Ilustrações: Mauricio Negro
Editora: DCL – Difusão Cultural do Livro 
  
          Pedro e Nei são verdadeiros amigos, estão sempre juntos. A amizade dos dois, no entanto, corre sérios riscos já que a mãe de Pedro não aceita os fios de contas usados pelo amigo do filho em função da sua religião: o candomblé.
            Ao descobrir o preconceito, Nei fica com uma minhoca na cabeça. E se a mãe dele estiver certa? Desesperado, começa a sentir uma série de sentimentos e sensações: raiva, vontade de lutar, chorar, correr, gritar, de se esconder... Sem perceber, entra em contato com os orixás, as energias que são vivenciadas e reverenciadas nos mitos e nos ritos de seus praticantes.
            Da mãe e da avó os conselhos para ajudá-lo a recuperar seu amigo e a compreender a importância do respeito a todas as crenças. Cada um ama de um jeito. Até se a pessoa não tiver religião nenhuma, a gente tem que respeitar. Parece que Pedro concordou com elas. Afinal tem gente que fala mal do candomblé sem conhecê-lo.
            Mas... E quanto a sua mãe? Bem... Nem todos escolhem o caminho mais fácil para se chegar ao mesmo lugar não é mesmo?
            Luiz Antonio, em Minhas Contas, Cosac Naify, relata esses encontros e desencontros com a essência do que somos e cremos. Com belíssimas ilustrações de Daniel Kondo, uma preciosa mistura de linguagem literária e informativa na medida certa. Axé!
          
Por Cleber Fabiano da Silva
Pesquisador voluntário do PROLIJ – UNIVILLE.

Ficha Técnica:

MINHAS CONTAS
Autor: Luiz Antonio
Ilustrações: Daniel Kondo
Editora: Cosac Naify
As políticas públicas de inclusão e as recentes mudanças nas diretrizes educacionais em nosso país convocam a presença da história, da literatura e da cultura afro-brasileira e africana nos conteúdos desenvolvidos no âmbito de todo o currículo escolar.
Como consequência dos debates legais surge uma crescente demanda de livros publicados para o público infantil nos quais o caráter informativo predomina, camuflado, no entanto, por ares literários.  Trata-se de estratégia comercial com intenção de vendagem imediata. Novamente a literatura destinada aos pequenos torna-se um filão mercadológico encaminhando o leitor para algo, muitas vezes, bastante distante do texto literário.
            Para que não se perca o olhar sobre a literariedade, caindo nas armadilhas acima descritas, o PROLIJ apresenta resenhas de livros de literatura infantil-juvenil com temática, autores ou linguagem ligados à produção afro-brasileira e africana com vistas a constituir acervos de qualidade.
            Boa leitura!

O PROLIJ – Programa Institucional de Literatura Infantil e Juvenil da Univille (Universidade da Região de Joinville) tem seus objetivos em consonância com os pilares da universidade, enfatizando em suas atividades o ensino, a pesquisa e a extensão. Responsável pela promoção, crítica e circulação da Literatura Infantil Juvenil na região norte do estado de Santa Catarina, contribui social e culturalmente com a comunidade acadêmica e não-acadêmica tornando-se um centro de referência na área em que atua.

            A ideia inicial surgiu no ano de 1997, a partir de um projeto de pesquisa intitulado: Levantamento de critérios para seleção de textos para crianças e jovens realizado pela Professora Doutora Sueli de Souza Cagneti com os alunos de Letras e Pedagogia. O projeto superou suas expectativas e ganhou dimensões não esperadas até tornar-se um programa institucional: PROLIJ.
            Por não acreditar em pesquisas que apenas coletam dados para fins de estatística, produzem relatórios empoeirados nas estantes e sonham com projetos mirabolantes, mas nada praticáveis, sem contribuição efetiva com a sociedade, o PROLIJ sempre buscou em suas atividades realizar momentos de extensão comunitária através de: palestras, oficinas, debates, contação de histórias, publicação de livro, artigos, ensaios, jornais, revistas científicas, blog do PROLIJ e outros variados veículos midiáticos.
            Outra característica prolijiana, são as comunicações dos resultados dessas pesquisas em seminários e congressos nacionais e internacionais, promovendo e divulgando o trabalho realizado em nossa cidade e região, bem como, discutindo e validando junto à comunidade científica tais descobertas, fazendo contatos para trocas de experiências na área da Literatura Infantil Juvenil. Dentre os eventos em que esteve presente:  


por Cleber Fabiano da Silva
                                                                                                          __ In bocca al lupo!
                                                                                                                                             __ E muoia il lupo![1]

            Há séculos amedrontando crianças e adultos de todo o mundo, o lobo tornou-se o símbolo da maldade. Orgulhoso de sua fama de mau possui um sem número de aparições em contos da tradição oral, histórias infantis, músicas, filmes, desenhos animados, enfim, um clássico vilão digno de assustar o mais corajoso dos heróis.
            Com sólida tradição, no entanto, não conseguiu livrar-se nem passar despercebido dos requintados procedimentos pós-modernos de descontrução e atualização dos personagens. Enganado, preso, humilhado e até mesmo convertido em lobo bom, o ouvinte-leitor-espectador contemporâneo acompanha essas mudanças na alcatéia globalizada que se tornou o mundo dos lobos.
            O melhor retrato desses novos tempos pode ser encontrado no livro Procura-se Lobo que conta a história de Manuel que era Lobo mas não era lobo. Era gente. Da fera, tinha apenas o sobrenome. Estava procurando emprego e leu no anúncio que precisavam de lobos. Candidatou-se, afinal, duvidava que esses selvagens animais lessem jornais. Apesar de não ser bem o que procuravam, ele escrevia muito bem, gostava de ler e conhecia muitas histórias, então foi contratado para respondedor de cartas de lobos.
            Com esse original argumento, a escritora Ana Maria Machado – vencedora do Prêmio Hans Christian Andersen e imortal da Academia Brasileira de Letras – reafirma seu talento congregando literariedade e imaginário, ingredientes indispensáveis da boa prosa. Como toda obra de arte, possibilita vários níveis de leitura, uma vez que deixa fissuras e espaços abertos para, a cada nova página, o leitor apropriar-se das referências que consegue conhecer (ou reconhecer).
            E de todos os continentes chegavam inusitadas missivas oferecendo a Manuel Lobo os seus serviços. Um fabuloso exemplo para a prática social da leitura e da escrita, o tão apreciado Letramento dos meios acadêmicos. Como ele conhecia uma porção de histórias, ficou com o futuro garantido, pois não havia quem fosse capaz de enganar um leitor como ele. Com astúcia e paciência, reconhecia os candidatos e escrevia a devolutiva.
            Alguns lobos perversos foram dispensados, outros encaminhados para determinados cargos ou funções de acordo com suas pretensões e currículos. Manuel não aceitou para nenhuma vaga os vilões das seguintes histórias: Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, Os Sete Cabritinhos ou das fábulas de Esopo e La Fontaine.
            Vale dizer que eles tentaram de todas as formas e quase confundiram nosso agente, que era perito em decodificar mesmo as letras mais ilegíveis. Esse fato curioso ocorreu ao ler a assinatura Lobão em um breve recado. Ainda pensou que podia ser um cantor de rock, escrita com pressa, enquanto o músico tocava guitarra ou bateria, sem nem firmar a mão. Um lobo brasileiro?
            Interessante notar que, embora não seja parte constitutiva do folclore local, a autora utiliza episódios para criar uma atmosfera verde-amarela. Chega a citar o lobo-guará e outro que teria virado bolo por causa de uma Chapeuzinho Amarelo. Sem esquecer, é claro, do lobisomem pedindo emprego na agência.
            Entre tantas aparições inusitadas, está a presença de uma loba. Não dava para saber se era personagem de livro ou inventada. Muita gente garante que era de verdade. Trata-se da Loba Romana que segundo a lenda teria criado Rômulo e Remo, este último fundador de Roma. Da ilustre senhora uma bela lição: Vocês estão precisando recorrer aos lobos, porque com certeza sabem que nós nunca abandonamos nossos filhotes. Manuel decidiu que ela podia ser modelo para estátuas e moedas. Se ela pudesse ensinar alguma coisa aos homens...
            Virtude dessa natureza também apareceu num chefe de família exemplar. Um bicho que não era mau nem comia ninguém. Ao contrário, tinha qualidades de um bom pai, ajudou a criar filhos de outros, possuía boas referências e podia provar que sua pedagogia deu bons resultados. Bastava consultar o urso Balu, a pantera Baguira ou o menino Mogli.
            Essas diferenças possibilitam um ponto-de-vista bastante diferenciado do mesmo personagem e, principalmente, ampliam os horizontes dos leitores ao levar em conta fatores extralingüísticos, como a historicidade, o contexto de produção e outras variáveis presentes no ato da leitura. Bem distante da ficção, por exemplo, existe o fato de os lobos viverem agrupados em bandos, serem carnívoros da família dos canídeos e correrem o risco de extinção.
            A escrita funciona bem com suas citações, paráfrases e intertextos. Está sintonizada com o projeto gráfico de Sylvain Barré e as brilhantes ilustrações de Laurent Cardon que complementam de modo inteligente e irreverente a obra. Na segunda e terceira capas o livro traz de modo sucinto informações e referências sobre as histórias utilizadas, servindo de estímulo para o leitor mais crítico.
            De todos os modos, para além de qualquer revisitamento ou procedimento pós-moderno sempre restará o lobo. A figura masculina e sedutora que come a Chapeuzinho, destrói a casa de algum porquinho e aparece em contos e fábulas de todos os tempos. Um lobo mítico, facilitador e promotor de ritos iniciáticos, possuidor de selvagerias e atitudes animalescas que não morre nunca, porque também restará o homem: o lobo do lobo do homem.

REFERÊNCIAS:

MACHADO, Ana Maria. Procura-se Lobo. São Paulo: Ática, 2005.


[1] __ Para a boca do lobo! __ Morte ao lobo! – dizeres de boa sorte usados na Itália. referência
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