Aconteceu na UNIVILLE mais uma edição do projeto “PROLIJ Contando Histórias na Comunidade”, através do Programa Visite, da UNIVILLE.
Desta vez, o PROLIJ recebeu crianças do CEI Artes e Manhas. Muitas histórias foram ouvidas e cantadas: foi uma tarde emocionante e envolvente. Prolijianos e crianças se confundiram nas histórias, conversas, parlendas e músicas, balançando e dando as mãos numa grande roda viva.

No final do encontro, as 18 crianças e as duas professoras receberam livros de presente do “Parque de Diversões Intelectual do PROLIJ”.




por Rodrigo da Silva


Para aqueles que já fizeram a escolha tão sonhada e idealizada de “fantasiar-se” de branco com marcha nupcial e adendos, Shrek para sempre pode ser uma boa pedida; para os que não a fizeram, eu diria que pode ser uma boa também, só que saída.
Brincadeiras de lado. O que temos é um filme de encantar e, por incrível que pareça criar algumas reflexões.  Shrek para Sempre da DreanWorks leva o espectador a viajar nas angústias e alegrias do grande Ogro e sua família.
Casado e com três filhos, o simpático pai de família, agora tem de dar conta de algumas tarefas que o levam à enfadonha ou encantadora rotina, a qual conhece muito bem a maioria dos mortais. Cansado dessa vida, enquanto enche balão no aniversário de um dos filhos – nada mais sugestivo – Shrek resolve dar um basta e voltar ao passado, a fim de ficar livre de tudo e ir à busca da possível felicidade. No entanto, esse retorno parece não ser o bastante e daí é hora de parar e repensar tudo.
Figurando uma mulher diferente, que desce da torre e não espera por ninguém, Fiona, a esposa e mãe, mostra-se alguém capaz de vencer os desafios da vida diária e superar as desavenças causadas pelo desgate do dia a dia. Assim, juntos, o belo casal e seus três filhos - a família nada perfeita - superam juntos quase tudo, esperando sempre o final feliz, que vem, mas vai, pois amanhã é outro dia e, então, começa tudo de novo...

por Viviane de Cassia Romão Lucio dos Santos


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Como diz a Emília, é muito difícil começar e os pontos de interrogação refletem as muitas dúvidas que passam na mente de quem escreve...
Começarei então do começo (como diria Emília???!!!): A história “As aventuras de Pinóquio” foi escrita pelo italiano Carlo Collodi entre os anos de 1881 e 1883 e foi publicada em capítulos de jornal, com o objetivo de mostrar às crianças italianas o que acontece com quem não segue as regras, não obedece os pais, não estuda... A história encanta os leitores da época (e de outras épocas também) e ultrapassa as barreiras de tempo e de espaço. Pinóquio, um pau vivente transformado em boneco, já “nasce” criando confusão, deixando seu “pai” perdido, sem rumo, procurando fazer o melhor para que o filho tivesse e lhe desse um bom futuro, afinal de contas, na Itália unificada, os pais almejavam que seus filhos estudassem para conseguir um emprego e mantê-los (os pais)  em sua velhice. Não é este ainda o objetivo de muitos pais hoje em dia? Talvez algumas coisas tenham mudado, mas a “arte de educar” ainda é frequentemente discutida e não existe fórmula pronta, já que as crianças têm em si o bem e o mal, como Pinóquio que se deixava levar, aprontava, praticava verdadeiras crueldades, mas depois se arrependia... Lembrava das pessoas queridas, como seu pai e sua fada, e pedia “Socorro!!!” como todos nós, seres humanos, fazemos em momentos de aflição. Emília diria agora: “Chega de filosofar, isso está ficando muito chato, parece até o Visconde!!!”.
Pois bem, Emília surgiu das mãos do brasileiro Monteiro Lobato entre os anos de 1921 a 1923 em um Brasil buscando, mais uma vez, sua identidade, sua forma de ensinar de acordo com os “nossos” padrões. Emília – espírito lobateano irreverente e questionador – é uma boneca confeccionada por Tia Nastácia como presente para Narizinho. Uma boneca feia, estranha, e que vai “virando gente” aos poucos... Tanto Pinóquio quanto Emília ganham vida ou são identificados como vivos a partir do momento em que falam. Só que Pinóquio ( ingênuo ou cruel?), já fala antes mesmo de surgir como boneco e só vira um menino de verdade, após dominar as primeiras letras, valorizar o estudo e aprender algumas “coisinhas” pertinentes às regras da boa convivência. Por outro lado, Emília é considerada gente a partir do momento em que engole as pílulas falantes e, como a maioria das crianças, vai aprimorando suas ideias e pensamentos à medida em que o tempo vai passando, observando os outros e adquirindo consciência. A “boneca de pano” não é uma criança boba não!!! Ela xereta tudo a sua volta, questiona toda e qualquer coisa e tirando algumas “asneirices”, tem explicação para tudo. Em ambos os casos, porém, verifica-se que é a linguagem que nos remete à consciência. É por meio da linguagem que tanto Pinóquio quanto Emília tornam-se agentes transformadores do ambiente em que vivem e, no meu ponto de vista, no caso da Emília, em todos os ambientes possíveis e impossíveis.
Quero me permitir fazer uma ressalva: achei o João Faz-de-conta, boneco de pau e “irmão” de Pinóquio, criado com a providencial ajuda da Emília, interessantíssimo!!! Acho os personagens de Lobato mais humanos e invejo a irreverência e a criatividade da Emília. 


Cá estou em Natal/RN (sobre a cidade, escrevi um pouco aqui), participando do 6° SEL (Seminário Educação e Leitura: Novas linguagens, novos leitores). 
O nome do Congresso aponta para a relação dos jovens com as novas linguagens, e o impacto na formação leitora deles diante de tantos dispositivos de leitura e de comunicação que surgem em tempo recorde.
Inscrito que estou no Grupo de Trabalho 7 (GT Educação e Literatura), tenho assistido a apresentações de trabalho que lidam com a perspectiva de repensarmos o sujeito-leitor perante o texto literário, uma vez também que o trabalho que aqui apresentarei aborda isto (um recorte, aqui).
Alguns trabalhos apresentados - dos que pude assistir - focam  a recepção do texto literário por parte da criança, como é o caso do trabalho intitulado "O olho lê, a imaginação tranvê e as emoções significam: a leitura de literatura e o desenvolvimento emocional de crianças na educação infantil", em que a autora, Nivea Priscilla Olinto da Silva (UFRN) investiga as contribuições da leitura de literatura infantil na problematização das experiências e conflitos emocionais de crianças da educação infantil, uma vez que esta leitura literária na escola precisa se constituir como um território privilegiado de inclusão da subjetividade do leitor.
Outros trabalhos primam pela possibilidade de releituras com que os contos maravilhosos e de fada podem se apresentar aos sujeitos-leitores, principalmente aos que iniciam suas caminhadas de leitura literária, contribuindo, dessa forma, para que a releitura cumpra com seu papel de aproximar o universo do leitor (sempre em formação) do universo clássico literário.
As mesas-redondas, realizadas sempre durante o período matutino, têm apresentado algumas abordagens de trabalho com a leitura (principalmente do texto literário) a partir dos recursos tecnológicos e de redes sociais que se apresentam aos jovens em seus caminhos de formação leitora. Muito tem sido lembrado, por exemplo, do surgimento dos livros digitais (e-books), e do uso que se pode fazer deles, além do uso de ferramentas como blogs para o ensino da leitura e da escrita em sala de aula. Também, o foco das discussões está sobre a formação (inicial e continuada) dos professores para que saibam lidar com essas novas linguagens na formação de novos leitores.
A palestra de abertura do Congresso foi dada pelo editor e escritor Espanhol Antonio Ventura, intitulada "Recuperar a palavra para decodificar as imagens". E uma "cutucada" já foi lançada ao público por Ventura, que assim disse: "Os adolescentes têm acesso a tanta informação que não aprendem nada. Diante disso, temos ainda o seguinte quadro: novas linguagens e menos leitores".
Além disso, as outras mesas-redondas do evento são as seguintes:
- "O mundo virtual na formação do professor";
- "Novos modos de ler e escrever";
- "História em quadrinhos e Literatura na formação do leitor de ficção";
- "Educação integral e leitura";
- "Educação, comunicação e inclusão digital";
- "Ética e diversidade: novas re-leituras?".
A programação completa do 6° SEL pode ser conferida aqui.

Câmbio, desligo,
Ítalo.
O paradoxo da leitura é que o caminho em direção a si mesmo passa pelo livro, mas deve continuar sendo uma passagem. É uma travessia realizada pelo bom leitor, que sabe que os livros são portadores de uma parte dele mesmo e podem lhe abrir um caminho, se ele tiver a sabedoria de não parar (BAYARD, 2007).

CAMINHOS DIFERENTES, RETORNOS PRÓXIMOS: BASTIAN E VÍTOR

Bastian e Vítor são dois personagens bastante próximos de duas narrativas diferentes, porém próximas se analisarmos as trajetórias destes personagens. Bastian e Vítor são dois sonhadores-solitários (creio não ser arriscado afirmar que todo sonhador é solitário) que fazem uso de dois meios diferentes para um mesmo fim: afastar-se da pressão mundana, o que acarreta, conseqüentemente, num conhecer a si mesmo.  
           
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