Nas últimas semanas, o nosso Correio Literário realizou suas entregas do ano de 2017! Projeto idealizado entre 2015/2016 pelo então bolsista e acadêmico de Administração, Dino Cataldo, o correio foi abraçado pelo Prolij como uma iniciativa que visa disseminar, mesmo que pontualmente, a leitura entre crianças e jovens.

Pois, em um sistema semelhante ao de um correio, as obras literárias previamente selecionadas seguiram, embrulhadas, para seus destinatários pelo intermédio de "carteiros". Os títulos são desconhecidos daqueles que os recebem, sendo que vão acompanhados de uma carta ao (possível) leitor, que explica o propósito da intervenção. A partir de então, os livros passam a pertencer a essas pessoas, que podem passá-los adiante (caso desejarem).

A ideia é que essas pessoas possam desfrutar das obras doadas e compartilhar a leitura com seus colegas, familiares e quem mais lhes interessar. Neste ano, como no ano passado, os destinatários da intervenção foram estudantes da educação básica.

Por isso, os "carteiros", nesse caso, foram acadêmicos voluntários, bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) dos subprojetos de Letras, Pedagogia e Interdisciplinar, que tem contato com as escolas, os professores e os alunos que foram atingidos pelo projeto - e que já os conheciam previamente.

Neste ano, a ponte estabelecida pelos pibidanos se deu nas Escolas de Educação Básica Professor João Martins Veras, Giovani Pasqualini Faraco e Bailarina Liselott Trinks, e nas Escolas Municipais Rosa Maria Demarchi Berezoski e Maria Magdalena Mazzolli.



Ao longo do terceiro bimestre da disciplina de Literatura Infantil Juvenil, a professora dra. Berenice Rocha Zabbot Garcia desenvolveu uma atividade com os acadêmicos do 2º ano de Letras, voltada para a criação de textos híbridos a partir da análise de obras infantis juvenis previamente selecionadas. Um destes trabalhos podem ser conferidos abaixo!

Por que pipi não evapora?

Evelin de Freitas Costa
Felipe Poffo Moraes
Suzana Lima
Wellington Vojniek

Um pipi choveu aqui, escrito por Sylvia Orthof e publicado pela editora Global, narra, em estrutura poética, a história de um menino chamado Pedro Pedroca que assiste a uma aula expositiva que trata do processo climático da chuva. No momento em que a professora, Dona Carola, muito antiga na escola, explica o processo da chuva, Pedro Pedroca vai sentindo uma vontade enorme de fazer pipi e levanta a mão pedindo permissão para ir ao banheiro. Dona Carola, que não admite ser interrompida, não dá permissão ao garoto. 
Ele pensa, então, que fazer uns pinguinhos de xixi o deixará aliviado e conseguirá esperar até o final da explicação. No entanto, ao liberar esses pretensos pinguinhos, o garoto solta toda a urina e molha todo o chão e toda a roupa. Nesse momento, ele faz uma analogia da chuva que se evapora com seu xixi, chuva que sai da gente, mas a professora, numa atitude de intolerância completa, expulsa Pedro Pedroca da sala de aula. O garoto sai da sala de aula chateado e, ao sair da escola, começa a chover. Pedro pensa: "seu xixi evaporou e virou chuva e essa chuva vai molhar Dona Carola, vai inundar a escola e com isso se sentirá vingado". Sua vingança é imaginar Dona Carola “montada num quadro-negro”, toda encharcada, “a velha Carola” e se a chuva for amarela, “bem-feito pra ela”. 
A história abre diferentes possibilidades de interpretação, sendo assim, é um rico material para ser trabalhado em sala de aula com o gênero poesia, uma vez que é uma narrativa rica em rimas.


ORTHOF, Sylvia. Um Pipi Choveu Aqui. São Paulo: Global Editora, 1991.



Além da resenha crítica, os acadêmicos produziram um material comparando a obra de Ziraldo, Uma Professora Muito Maluquinha, com a obra de Sylvia Orthof, Um Pipi Choveu Aqui, e também produziram um vídeo contando a história do livro. 


"Porque ela viaja nos livros e se encontra nas palavras, Evelin" (Estudante de Letras - Português e Inglês na Univille)

Felipe de Moraes Poffo é graduando em Letras (Língua Portuguesa e Inglesa) pela Univille. Desbravador das duas línguas, torce por um acaso entre ambas. 

Suzana Lima é graduanda em Letras (Língua Portuguesa e Língua Inglesa) pela Univille, atua como bolsista no Colégio Univille, trabalhando com os alunos de inclusão. Faz dos livros seus melhores amigos e seu refúgio mais encantador. 

Wellington Luiz Vojniek, graduando em Letras (Língua Portuguesa) é militante da poesia, amante das artes e apaixonado por música, inclusive pelos seus instrumentos que não 
Durante os dias 5 e 6 de Outubro, o Itaú Cultural promoveu o 2º Mekukradjá: Círculo de Saberes, em São Paulo. O evento tem como missão falar sobre o papel do indígena no Brasil atual. Neste ano de 2017, as discussões foram orientadas por três temas principais: a Língua, a Terra e o Território.

O Mekukradjá (palavra de origem caiapó – povo indígena do Mato Grosso e do Pará – que significa “sabedoria”) teve curadoria de Daniel Munduruku e Junia Torres e contou com momentos de exibição de filmes, mesas redondas, oficinas e muitos debates sobre o indígena no Brasil. O evento teve presença de artistas, lideranças, pesquisadores e estudiosos indígenas ou da cultura indígena nos  seus dois dias.

Alcione Pauli e Daniel Munduruku durante a oficina "Literatura Indígena", no dia 06 de outubro
Na ocasião, o Prolij foi representado pela pesquisadora Msc. Alcione Pauli, que ministrou a oficina Literatura Indígena com o escritor Daniel Munduruku, e conta: "No encontro partilhamos de momentos para pensar, construir e desconstruir conceitos sobre os povos indígenas e suas escritas”. Mestre em Patrimônio Cultural e Sociedade pela Univille, a pesquisa da professora Alcione é justamente voltada aos escritos dos povos indígenas, através da sua literatura (e, principalmente, da literatura infantil juvenil).
Ao longo do terceiro bimestre da disciplina de Literatura Infantil Juvenil, a professora dra. Berenice Rocha Zabbot Garcia desenvolveu uma atividade com os acadêmicos do 2º ano de Letras, voltada para a criação de textos híbridos a partir da análise de obras infantis juvenis previamente selecionadas. Consistente em uma resenha crítica da obra e uma leitura comparativa analisando sua relação com contos de fada, o resultado de um dos trabalhos desenvolvidos pode ser conferido abaixo!


Tal pai, tal filho

Barbara Fernandes Correa
Débora Schoenhals
Denise Cristina Kniess
Larissa Chaves
Mariana da Rocha Coutinho
Naara Éldany Costa

Cara de um, focinho do outro, escrito por Guto Lins, publicado no ano de 1994 pela editora FTD, é um livro que consegue, com vocabulário simples e jogos de palavras, tratar de um assunto complexo e cada vez mais comum: relacionamento entre pais e filhos. O escritor e ilustrador demonstra simplicidade para contar uma história cujo tema central tem uma certa carga pesada, principalmente quando se trata de um assunto comum na vida de muitas crianças. 
A obra de Guto Lins se propõe a ser humana, pois dá espaço a sensações em todos os leitores, seja nas crianças ou nos adultos. Além disso, desafia-nos a pensar que ainda existe o perdão e a oportunidade de recomeço, revelando que as relações entre pais e filhos podem se descomplicar. 
O jogo da palavra “cara” e seus diversos significados, as rimas, os ditados populares e a leveza na construção de uma mensagem tão complexa fazem com que a obra não tenha público alvo específico (apenas as crianças), pois mexe com o imaginário e sentimentos de todas as faixas etárias. 
O bom resultado do livro não se dá pela quantidade de recursos, pois a proposta de dar espaço para sensações e memórias afetivas é maior que os recursos visuais. O texto vem acompanhado de uma narrativa visual que nos instiga a acompanhar mais uma história, sendo assim, temos, no livro, uma dupla leitura, com imagens que transcendem palavras. 
Imperdível, engraçado e criativo, Cara de um, focinho do outro é um livro indicado para crianças, podendo, contudo, ser adorado por todos que gostam de viajar e refletir com uma leitura simples e divertida.



LINS, Guto. Cara de Um Focinho do Outro. São Paulo: FTD, 1997.

Além da resenha crítica, as acadêmicas desenvolveram uma revista eletrônica, apontando as semelhanças entre a obra lida e contos de fada, além de trazerem entrevistas, textos críticos e ilustrações. A revista pode ser acessada clicando na imagem abaixo!



Barbara Fernandes Correa é graduanda em Letras na Univille (Língua Portuguesa e Inglesa) e em suas poucas horas vagas reina sobre o mundo dos sonhos e devaneios. 

Débora Schoenhals é graduanda em Letras (Língua Portuguesa e Inglesa). É apaixonada pela arte, música, design e literatura, mas queria mesmo era ser uma mestre Pokémon.

Denise Cristina Kniess é graduanda em Letras (Língua Portuguesa e Inglesa) pela Univille, já fez Engenharia Ambiental só para ver no que dava, mas se rendeu aos encantos da vida em sala de aula. É vegana há 11 anos, adora coisas fofinhas e gatinhos.

Larissa Chaves de Souza é graduanda em Letras na Univille (Língua Portuguesa e Inglesa). Apaixonada pelas gramáticas e amante dos livros. 

Mariana Coutinho é graduanda em Letras (Língua Portuguesa e Inglesa) pela Univille. Ama a comunicação e as relações interpessoais e tenta fazer da vida uma trajetória rica em experiências e aprendizados.  

Naara Éldany: graduanda em Letras (Língua Portuguesa e Inglesa). Musicista, narniana e poeta.

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