Jennifer Bretzke Meier
Nick Carraway, um comerciante muda de cidade e acaba por se tornar vizinho de um bilionário conhecido por Jay Gatsby, o qual era conhecido pelas luxuosas festas que oferecia em sua mansão, tamanha riqueza era alvo de muitos rumores.

Após ser convidado para muitos eventos, Nick descobre que a maioria dos convidados sabe muito pouco sobre o magnata, qualquer traço de seu passado parece ter sido apagado; Intrigado Nick visita sua prima Daisy e seu marido Tom Buchanan, um antigo atleta universitário abastado, sem saber que a relação do casal com o bilionário misterioso era mais antiga do que ele poderia imaginar.

Daisy e Jay se envolvem amorosamente, aproveitam as festas e o entretenimento de Tom, para se verem. A audácia dos amantes se mostra insuficiente diante das amarras que os impedem de permanecerem juntos, e, apesar da fortuna, a maior preciosidade (Daisy) não estava ao seu alcance.



O “Grande Gatsby” escrito por F.Scott Fitzgerald não foi um sucesso em sua publicação, devido ao mal momento econômico no país de origem do autor (EUA), mas se destacou ao ser publicado anos mais tarde. A icônica obra trata de temas universais: poder, luxúria, cobiça, riqueza, orgulho e amor e ensina uma importante lição sobre o valor dos relacionamentos.
A obra também foi adaptada para o cinema, com o mesmo título do livro em 2013 e conta com a atuação de Leonardo DiCaprio e venceu as categorias de melhor figurino e melhor design de produção no Oscar de 2014.

Jennifer Bretzke Meier graduanda de Letras (Português/ Inglês) na Univille, atua como bolsista no Prolij e vê a literatura como fonte inesgotável de sabedoria e conhecimento.


Fernanda Cristina Cunha
É na tinta acrílica que Odyr Bernardi transforma cada página da sua adaptação de "A Revolução dos Bichos" em uma obra de arte dando corpo e movimento ainda mais sensíveis à narrativa de George Orwell.

A Revolução dos Bichos, escrita em meio a Segunda Guerra Mundial, ataca satiricamente as práticas de Stalin e a própria história da União Soviética, criticando assim o que o regime instituído pela Revolução Russa se tornara.

Cansados de se submeterem a exploração, os animais da Granja Solar, motivados pelo discurso do velho Porco Major, veem a possibilidade de impelir uma revolta em busca da posse da fazenda. Em uma tentativa de implantar um sistema igualitário e cooperativo do qual possibilitem a eles deixar no passado a vida miserável e infeliz que vinham vivendo, cria-se uma nova tirania, agora muito mais opressora e doentia dos quais estavam sujeitos.


A realidade sombria escrita por Orwell pode a primeira vista ser apreciada como uma parábola simples e comovente. Contudo, se atendo a cada personagem, vê sê pintada a face da humanidade no seu melhor e pior. Destacando assim os demônios e as cruzes de cada ser humano: ganância, preguiça, inveja e dor.

Mas é na sensibilidade de Odyr que essa face se mostra ainda mais brutal. A adaptação quase nos faz crer que a história já foi concebida no HQ. Nada se perde e os textos mais marcantes aparecem de forma integral na obra, preservando assim as sensações de sua leitura. Cada página parece ganhar movimento diante o sentimento de impotência dos quais o leitor sujeita-se ao decorrer da história.

A revolução que se inicia através de um discurso nobre de igualdade entre todos os animais da Granja, mostra ao leitor com uma aterrorizante perfeição, como o poder transforma oprimidos em opressores. Parafraseando Christopher Hitchens "O que este livro nos diz é que aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança acabarão sem uma nem outra.

Fernanda Cristina Cunha é graduanda de Psicologia pela Univille. Atua como bolsista do Prolij e busca através dos livros que lê as longas caminhadas por dentro de si mesma. 


Isabela Giacomini
Cuidado com o menino! escrito e ilustrado por Tony Blundell e traduzido por Ana Maria Machado faz um revisitamento às histórias clássicas infantis que trazem a figura icônica do lobo mau. Nesse caso, a história remontada é de Chapeuzinho Vermelho, que assume a figura de um menino e do lobo que nem é tão mau assim, pois se coloca a ouvir os conselhos do menino. Este, por sua vez, mostra uma esperteza muito maior, e, mesmo que o lobo queira comê-lo prontamente, dá algumas sugestões de preparos de refeições especiais com meninos, entregando-lhe receitas mirabolantes.

Entre os pratos estão a sopa de menino, que precisa de ingredientes como uma tonelada de batatas, um barril de tijolos e um poço cheio d’água; um pastelão de menino, que leva uma vaca de leite, seis sacos de cimento, um tanque de feijão e outras coisas que parecem mais impossíveis ainda e, por último a receita de bolo de menino, super elaborada, que precisa de cinco baldes de bombeiro, um carrinho de mão de nozes, entre outros. O menino, como parece já saber qual é o objetivo do lobo, vai o despistando cada vez mais, mas será que ele é tão bobo assim?  

A obra é um revisitamento riquíssimo tanto dos personagens como do enredo, através de ritmo, de repetições que envolvem o leitor e de um tom bem-humorado. A figura do lobo é um dos elementos que mais chamam a atenção pela desconstrução que é proposta. Assim como há um grande engajamento na leitura pela familiaridade que traz ao conto clássico, por outro lado, cria um estranhamento em quem o lê, pois as personagens diferem, assim como suas atitudes perante situações já conhecidas ou previstas, fazendo com que a história crie um rumo único e ainda mais curioso.


O autor propôs rupturas também com a moral dos livros infantis, mais precisamente das fábulas, com os desenhos utilizados para representar a ferocidade do animal e com a cor proposital da camiseta do menino: vermelha.

Por isso, Cuidado com o menino! não poderia deixar de ser uma de nossas sugestões para trabalhar com crianças e jovens. Uma dica muito legal é a de apresentar a obra depois de já conhecerem alguns dos contos clássicos, especialmente Chapeuzinho Vermelho. Dessa forma, eles mesmos podem fazer inferências sobre o livro, o relacionando, achando semelhanças e diferenças e brincando também de reinventar as histórias a partir de uma atividade divertida que envolve habilidades de leitura e escrita.

Isabela Giacomini é graduanda em Letras (Língua Portuguesa e Inglesa) pela Univille, atua como bolsista no Prolij e vê na literatura uma porta para outros universos e realidades.




Lara Cristina Victor
O livro O Passeio, escrito por Pablo Lugones e ilustrado por Alexandre Rampazo, conta um pouco da história de um pai e sua filha. A história é apresentada inicialmente com o empurrãozinho dado pelo pai, que faz com que a menina supere o medo de andar de bicicleta sem rodinhas. Durante o passeio, a menina conta sobre as sensações e emoções vivenciadas na companhia do pai, revela como em alguns momentos, consegue ultrapassar o pai e em outros, é ele que toma a dianteira. Ainda, fala sobre como ora eles andavam juntinhos, quase que de mão dadas, ora a distância aumentava significativamente - e isso era natural -, e esse podia ser o momento perfeito para se deixar levar pelo vento e desfrutar a paisagem.

Essa leitura nos dá abertura para refletir sobre a imensidão que uma relação é capaz de alcançar, o quanto o contato saudável com o outro nos dá liberdade e confiança para continuar seguindo em frente, assim como aceitar que nem tudo terminará de forma feliz, mas o importante é desfrutar os momentos únicos deste percurso. É por meio deste passeio que a obra nos mostra o quanto que o tempo vai passando ligeiramente e não nos damos conta; o quanto precisamos aproveitar ao máximo o tempo que a vida nos dá, principalmente junto das pessoas que amamos e que nos fazem bem, e também, como sem estarmos preparados, de uma hora para outra tudo pode mudar.


Deste modo, essa é uma obra bastante delicada, com texto e ilustrações muito sensíveis que nos fazem vivenciar esse passeio de modo único, sendo essa uma história inspirada na vida do autor, que nos convida a nos aventurar neste e em tantos outros passeios literários.

Lara Cristina Victor é aluna do curso de Psicologia na Univille. Atua como bolsista no Prolij e vê em cada criança um pouquinho de si mesma.


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