Indústria Cultural ou cultural industrial?

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Por Geórgia de Souza Cagneti*


                                                Anos 50 e 60, milagre econômico, James Dean,
O pagador de promessas, Jovem guarda, Rede Globo, Tropicália,
 Gregory Peck, Nel blu dipinto di blu,Love me tender,Vinícius,
Hitchcock, Rock and Roll, Copa do mundo, Fellini, Os Mutantes...


Em meio a tantas mudanças e, não esquecendo os reflexos pós-guerra, inicia-se um tempo novo, para muitos: a chamada pós- modernidade. Diz-se para muitos, dada a negação de alguns à nomenclatura usada, negando a força de seus procederes em relação a sua denominação.
Personagens apenas escapados à ameaça nazista, como Adorno e Horhheimer, tentaram compreender este novo mundo. Com um olhar pessimista individuaram os meios de comunicação de massa como causa de alienação e homologação do indivíduo. A escola de Frankfurt se posicionou de forma explícita contra ela, responsabilizando-a pela vulgarização da cultura.
Mas será possível que esta terceira cultura ( dita vulgarizada) tenha somente características negativas?
Edgar Morin, sociólogo, filósofo e pensador francês, em O espírito do tempo, analisa tal fenômeno, diversamente, aplicando os métodos autocrítico e da totalidade. E, com tais métodos, Morin, considerando a sociedade contemporânea como um conjunto de indivíduos que seguem um determinado código comportamental e vivem em uma sociedade industrializada, desenvolve seus estudos sobre a indústria cultural. A partir daí, procura, sobretudo, entender a importância desta terceira cultura, resultado de uma segunda colonização e de uma segunda industrialização, nas mudanças sociais e antropológicas.
Com um ponto de vista interessante e não radical, ele nos abre horizontes para pensar o mundo em que vivemos, considerando não apenas as perdas, mas também os ganhos que possam advir das mudanças sofridas.


Cultura de Massas no século XX: Neurose e Necrose. Vol. I e II. ( O espirito do Tempo 1 e 2 ).


MORIN, Edgar

Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2009.

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*Participante correspondente do PROLIJ

Mestranda em línguas estrangeiras para comunicação internacional - Italia


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Um comentário:

ítalo puccini disse...

interessei-me à beça por isto!

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