Resenha de Isto é um poema que cura peixes

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Por Alcione Pauli
(pesquisadora Voluntária do PROLIJ, e mestranda do curso Patrimônio Cultural e Sociedade / UNIVILLE)


Jean-Pierre Siméon, em Isto é um poema que cura peixes, inicia com uma espécie de “título-poema” que traz consigo poder de cura. Segundo o dicionário HOUASIS: cura é restabelecimento da saúde. Já Jean Chevalier, no seu Dicionário de Símbolos, diz que peixe é símbolo de fecundidade em função da sua prodigiosa faculdade de reprodução e do número infinito de suas ovas.Olhando para essas duas definições, o texto de Jean-Pierre procura refletir sobre poesia, através de um peixe chamado Léo que está morrendo! (...) de tristeza! Imaginem só um símbolo que tem a função de reproduzir estar morrendo! Assim, com o intuito de restabelecer a saúde de Léo, aparece seu dono, o personagem Artur.

Neste pensar, as duas palavras chaves do texto, “peixe” e “cura”, vão abrindo caminhos na memória interna para encontrar o antídoto para o peixe Léo. Artur trava uma batalha para definitivamente curar o seu peixe e, para isso, procura dentro de casa. Não estando satisfeito, sai. O retorno é surpreendente.

Junto com as palavras, o texto vem acompanhado de uma narrativa visual que nos convida a percorrer mais uma história, ou seja, as imagens vão além das palavras. Permitindo, então, uma dupla leitura poética: do texto e da imagem.

Imperdível, este livro é indicado para crianças a partir de seis anos, podendo, no entanto, ser apreciado por todos aqueles que curtem literatura da boa.

Isto é um poema que cura peixes, de Jean-Pierre Siméon, tradução de Ruy Proença, ilustração de Olivier Talllec, Edições SM, 2007. 48 pp.


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