29
set
2009
18:09

PROLIJ em Itapoá

No dia 23/09 o Grupo Reinações do PROLIJ esteve em Itapoá encontrando e trocando idéias que semanal e voluntariamente se reúnem para discutir educação. Fomos muito bem recebidos, inclusive, com lanche e presentes!!
Obrigada, Pessoal!
A simpatia foi recíproca e já estamos nos preparando para recebê-los por aqui em uma de nossas reuniões semanais que – por acaso – também acontecem às quartas-feiras à noite.
22
set
2009
17:19

Apaixonar-se é adiar a própria morte

De algumas histórias não se pode esconder o final ao falar sobre elas. Algumas histórias são feitas para serem contadas, entregadas mesmo aos leitores-ouvintes, sem o risco de afastá-los delas. Pelo contrário. Cada leitor constrói sentidos muito próprios junto ao que lê. _________ Conhecia uma só história em que a morte era personagem. Uma história maravilhosa, lindíssima, encantadora. A morte do livro “As intermitências da morte”, do José Saramago. A morte que resolve não matar mais ninguém, e que, com isso, provoca um caos na humanidade. A morte que sente o que é a vida. A morte que se apaixona. _________ E agora conheci duas outras histórias nas quais a morte se personaliza. As duas de um escritor alemão, o Wolf Erlbruch, ganhador do prêmio Hans Christian  [...]

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21
set
2009
17:38

Resenha de Pê de Pai

Por Alencar Schueroff 
 (Professor do Curso Persona e pesquisador voluntário do PROLIJ)
Pê de Pai é um livro que consegue, com simplicidade de vocabulário e de imagens, tratar de um assunto complexo: relacionamento entre pais e filhos. A escritora Isabel Milhos Martins e o ilustrador Bernardo Carvalho demonstram cumplicidade para contar bem uma história sobre cumplicidade.
Uma coisa leva a outra. E o êxito não foi pela quantidade, pois a proposta pode ter sido de economizar nos recursos para dar espaço a sensações passadas (memória) ou atuais. Assim, temos uma obra que se dispõe a ser humana e é.
Créditos: Isabel Martins (texto) e Bernardo Carvalho (ilustração); Editora Planeta Tangerina, 2008.
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21
set
2009
17:27

Resenha de Clarineta, bruxa e princesa

Por Rodrigo da Silva
Pesquisador voluntário do Prolij - UNIVILLE
Clara é uma menina que tem seus sentimentos confusos, seus problemas com o irmão e com o pai, que lhe deu o apelido de Clarineta por gostar muito de música, fazem com que “Clara ou Clarineta” se sinta confusa diante dos problemas e das relações familiares do dia a dia. Até aqui uma história que poderia envolver e instigar o leitor. Ao encontrar num caminho uma livraria, Clarineta se depara com dois exemplares, dois manuais, um que a transformaria em Bruxa e o outro em Princesa. Clarineta escolhe transformar-se em bruxa. Transformando o irmão  [...]

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16
set
2009
15:09

Resenha de João e os sete gigantes mortais

Juliana Amaral
Acadêmica do 2° ano Curso de Letras Licenciatura da Univille
No livro João e os sete gigantes mortais somos convidados a acompanhar o protagonista na busca por suas origens, numa tentativa de constituição da própria identidade. Durante a viagem, João enfrenta sete gigantes mortais que personalizam os sete pecados capitais. Estes seres míticos representam desafios interiores para João, que tem também em si os pecados que enfrenta. A derrota de cada gigante representa a superação de uma fraqueza e mostra o caminho para a constituição do herói.
A capa do livro apresenta João à sombra de um gigante em posição ameaçadora. João está com as mãos no bolso e parece frágil, à mercê do risco iminente. À frente de João vemos a parte posterior da vaca e seu rabo.  [...]

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08
set
2009
14:57

Resenha de Para Criar Passarinhos

cores e passarinhos
Ítalo Puccini
na quarta passada, no prolij, a sueli leu o livro “para criar passarinhos”, do bartolomeu campos de queirós. é edição nova do livro, feita pela global, agora em 2009, com ilustrações do guto lacaz. coisa mais linda do mundo o livro! de um cuidado extremo, belíssimo! é um livro de cores e passarinhos. cores vivas, que causam no leitor uma sensação boa, gostosa, alegre. e o texto do bartolomeu é também cheio de vida. há coisas assim lá, ó: “Para bem criar passarinhos é necessário ter o corpo capaz de escutar o silêncio das pedras, o som do vento nas folhas, o ruído de soluços preso em garganta”. as páginas duplas do livro são compostas,  [...]

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02
set
2009
Eduardo Silveira
Acadêmico do 2° ano Curso de Letras Licenciatura da Univille

Fim. Essa palavra está no imaginário de muitas pessoas. Foi ela que sempre encerrou os contos clássicos e, até hoje, encerra filmes, romances, histórias populares, etc. Na literatura, geralmente, essa palavra significa o fim da história, o desenlace das intrigas, o desfecho.
Por muito tempo, assim se comportaram as narrativas. Mas a Literatura é viva: sempre em constante movimento. Criam-se novas estruturas, novas linguagens, subvertem-se padrões, até então inabaláveis. O pensamento do homem está sempre se modificando, modernizando-se, e isso traz inúmeras mudanças no modo de se pensar e fazer a arte. A Literatura é viva: eterna metamorfose. Hoje em dia, as boas histórias desafiam cada vez mais seus leitores. O tradicional esquema começo, meio e fim agora convive com muitos outros modelos narrativos. Os exemplos são fartos. Um dos mais oportunos é "História meio ao contrário", de Ana Maria Machado, cujo título já prepara o leitor para uma narrativa diferente, em que surge, logo no início, a clássica frase "(...) e foram felizes para sempre".
Exemplo muito interessante também é o filme "A História Sem Fim", de Wolfgang Petersen. Assim como o livro de Machado atiça o futuro leitor, esse filme traz um título que provoca o futuro espectador, afinal, como pode haver uma história sem fim? Há sim. Aliás, a história que esse filme conta é justamente sobre a Literatura: o casamento, o jogo entre o leitor e o livro. O filme todo é uma grande metáfora para essa relação forte, na qual um não existe sem o outro.
O protagonista é o menino Bastian que, convivendo num ambiente angustiante (um ambiente familiar frágil), se refugia na fantasia para poder, enfim, sonhar. E o instrumento para mergulhar no mundo fantástico é o livro. A história que o menino lê é a saga de outro jovem: Atreyu, menino corajoso que aceita a missão de salvar o seu reino (o reino de Fantasia) do terrível "nada" que o assola. Bastian vai, aos poucos, se identificando com Atreyu: compartilha suas angústias, seus medos, suas alegrias. Luta com ele, pensa com ele. Na verdade, Bastian é Atreyu (e isso é mostrado numa belíssima cena em que um é reflexo do outro). Nessa cena, é curioso o estranhamento que tal constatação causa: Bastian se recusa a acreditar que participa da história. Esse estranhamento é marca da Literatura: ela nos mostra as coisas por outro ângulo e isso, à primeira vista, assusta. Ela nos desnuda: joga luz sobre nossos desejos e medos mais íntimos. Por isso estranhamos e fugimos. Mas não demora muito, e voltamos ao texto, pois nele nos reconhecemos. E Bastian se reconhece na figura de Atreyu. A missão de Atreyu é uma tentativa de resgatar a fantasia que as pessoas insistem em deixar adormecida, permitindo que o "nada" invada o reino - o mundo - e destrua quase tudo. O nada, longe de ser algo concreto,é bem o que sugere seu nome: a ausência de imaginação, da criatividade, do sonho, da esperança. E tudo isso Bastian vai percebendo ao correr as páginas do livro, que lê com cada vez mais vontade, até que chega o momento em que o menino se descobre dentro da história. Ele, o leitor, é quem tem o poder de salvar o reino da fantasia, basta acreditar nisso. E Bastian acredita.
Mais que uma metáfora da relação leitor/livro, o filme é uma defesa pela liberdade. Liberdade para a imaginação; para a fantasia.
A história de Bastian tem, sim, um desfecho. Mas não um fim. Trata-se de um ciclo. Atreyu/Bastian lutou, caminhou para chegar ao mesmo local de partida: a si próprio. Ao longo da missão, Atreyu/Bastian percorre muitas milhas, mas a verdadeira caminhada acontece dentro de sua própria consciência.
Como tantas outras boas histórias, esse filme vem nos lembrar que a literatura -e a arte em geral-, com seu espírito inquieto e questionador, é um veículo sem-igual para as pessoas embarcarem. Lembra-nos que a palavra é capaz de traduzir toda a nossa humanidade. A palavra comporta tudo: o mundo todo.
01
set
2009

Reflexões sobre João e os Sete Gigantes Mortais

Daiane Silva
Acadêmica 2º ano do Curso de Letras Licenciatura da Univille
A literatura infantil pode e deve ser vista como uma arte, pois representa o mundo através da palavra; pode unir o real e o imaginário, o possível e o impossível.
Os textos literários voltados para o público infantil foram escritos há alguns séculos, e retratam um mundo fantástico, de sonhos e encantamentos. Porém, eles permitem que as crianças vivam, por meio dos contos, situações-problemas e conflitos e, a partir daí, tentem construir conceitos que auxiliarão em sua formação ao longo da vida.
Partindo-se deste pressuposto, o livro João e os Sete Gigantes Mortais, de Sam Swope, chegou para renovar a estrutura dos contos de fadas, pois mostra de uma forma bem divertida, instigante e provocante um herói às avessas.
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