De repente, Amós Oz

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Lembra da velha música A Banda, do Chico Buarque? Pois é, havia o “homem sério que contava dinheiro” o “faroleiro que contava vantagem”, a “namorada que contava as estrelas”. Cada um na sua, vivendo paralelamente. Mas a banda os uniu. É ela quem faz todos caminharem numa só direção. De repente, nas profundezas do bosque, nos mostra, originalmente, uma pequena cidade que convive com um mal que acaba afastando os moradores uns dos outros: não existem animais. Em uma noite, todos desapareceram.

É até irônico pensar que as pessoas se desumanizam por causa dessa carência, mas é exatamente isso que acontece. A professora Emanuela é hostilizada por seus alunos quando explica o que é um urso. Almon, que era pescador e virou agricultor, mantinha, para o espanto de todos, um espantalho na horta porque achava que, de uma hora para outra, os pássaros podiam voltar. E assim, a vida seguia num silêncio ensurdecedor, o qual, à noite, tornava-se pior ao se mesclar com a escuridão.

Até que um dia, Mati e Maia, duas crianças inconformadas com a situação pela qual seu povo passava, após uma descoberta, resolvem se embrenhar no bosque, de onde já tinham ouvido sons estranhos, que pareciam de animais. As histórias costumam ser assim. Tudo anda de um jeito, “até que um dia...”. E aí vem uma virada. Ou não? O fato é que, de repente, nos vemos nas mãos de Amós Oz, que pode nos conduzir por mundos interiores.



Resenha do livro De repente, nas profundezas do bosque, do famoso escritor israelense Amós Oz, feita pelo professor Alencar Schueroff, do Curso Persona



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Um comentário:

ítalo puccini disse...

adorei a relação com a música :)

ótima resenha!

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