O modernismo e a representação do negro

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Em tempos de discussão da diversidade e da inclusão, uma obra, cujo título seja Representações do negro no modernismo brasileiro: artes plásticas e música é, no mínimo, instigador. Quando uma lei federal inclui de forma arbitrária o estudo da negritude, em suas diferentes facetas (social, cultural, histórica, literária), no ensino fundamental e médio, obviamente pega professores desprevenidos, para não dizer, despreparados para a tarefa em questão. Ressalvado o mérito do gesto - há muito um débito para com os que conosco fazem parte do que seja o Brasil - há que se ter subsídios para a sua inclusão e discussão no âmbito escolar. Daí a ser muito bem-vinda a obra de Renato de Sousa Porto Gilioli, a qual, através de nomes significativos do modernismo no Brasil, como Mário de Andrade, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Di Cavalcanti, Cândido Portinari, vai discutindo com o leitor questões como o negro na representação nacional, música e mestiçagem cultural, o negro como curiosidade, a estética da mestiçagem. Para além das reflexões presentes e do encarte das obras dos artistas citados, vale lembrar que a temática em si se justifica como leitura recomendada, uma vez que sem o movimento modernista, possivelmente, as falas e escrituras que encontramos hoje sobre a cultura afro não teriam a mesma relevância.






GILIOLI, Renato de Sousa Porto.

Representações do negro no modernismo brasileiro: artes plásticas e musica.
São Paulo, Best book, 2009, 168 p.

 
 
 
 
 
 
SUELI DE SOUZA CAGNETI

Coordenadora do PROLIJ



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