poema sem título

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2 Comments
deus pra mim é um caramujo,
disse-me ele.


um verso assim, por si só.
que ele não percebeu que poderia ser um verso.
até que falei.
e ele deixou, então, que fosse meu.


não deus.
nem o caramujo.


o verso mesmo.


porque a palavra,
depois de lançada
- publicada ou não –
já não mais é.


que nem deus.




ítalo puccini.


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2 comentários:

Prolij / Univille disse...

que bom, Italo. e assim o verso se fez. também creio. mas somente assim. sueli

Aninha Kita disse...

Lindo poema!
O verso na conversa casual, a discussão da poesia e da divindade, o caramujo, e o não ser.
Parabéns, Ítalo!

E que o blog (ainda mais belo) nos presenteie sempre com mais poesia!

Abraços a todos!
Ana

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