Um olhar dissemelhante

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Sentir é criar.
Sentir é pensar sem ideias,
e por isso sentir é compreender,
visto que o universo não tem ideias.
(Fernando Pessoa)


O que a literatura infanto-juvenil é em sua essência?
A resposta a essa pergunta vai além de algumas explicações teóricas e citações, a verdadeira essência está em vivenciar, compartilhar, e principalmente, na busca pela compreensão.
Momentos lúdicos, encantadores, novas visões e perspectivas, um mundo antes ignorado e agora fascinante. Uma pequena descrição do que a literatura infanto-juvenil passou a representar para mim após cursar a disciplina.
Durante o ano eu vivi a experiência de mergulhar no mundo fantástico da literatura citada acima, e foi algo arrebatador, porque eu não tinha a visão de como ela é rica e quão intrigante é seu poder até me deparar de frente e abrir minha mente para entendê-la.
Isso aconteceu porque a LIJ me foi apresentada como agente de transformação, e quando me deparo com esse elemento me sinto atraída, visto que o ser humano vive em uma sociedade em constante transformação.
Ler, interpretar, analisar, fazer relações significativas, foram tópicos que desenvolvi ao longo do ano ao me deparar com uma obra infanto-juvenil. Aprendi que um livro não precisa ter palavras para contar uma história, que não há faixas etárias específicas para leitura de, por exemplo, um livro infantil. Um adulto pode ler e ter sua interpretação, assim como a criança. As ilustrações são riquíssimas e muitas vezes dizem mais do que as palavras. A leitura híbrida é extraordinária, é um aspecto com o qual ainda estou fascinada.
Outro ponto marcante para mim foi o estudo do filme “Uma história sem fim”. Não existe valor calculável que se equipare ao conhecimento adquirido com a análise do filme. Abriu meus horizontes, minha visão de mundo e me fez entender que assistir a um filme vai além de um simples passatempo: possibilita uma interpretação híbrida. A partir da análise discutida em aula com o filme citado, desenvolvi um raciocínio que me permite analisar outros filmes, logo minha visão não ficou delimitada, foi ampliada, foi construída de uma maneira que abriu espaço e capacidade para outras análises.
O único tópico que eu classifico como negativo é o tempo. Se a disciplina tivesse uma carga horária maior, o que necessariamente não precisaria ser nesse ano, o aprendizado seria ainda maior.
Eu aproveitei cada minuto possível e posso afirmar com absoluta certeza que valeu a pena. Se fosse viável, eu faria novamente a matéria de LIJ.
Professora Sueli, obrigada por proporcionar esse aprendizado e viabilizar a compreensão e a vivência do que realmente é a literatura infanto-juvenil.
Meu desejo, Professora, é que a cada ano, e que cada turma possa sentir o que nós sentimos e viver essa magia que nos foi apresentada de forma tão maravilhosa. 

Débora Ramos da Silva, acadêmica do 2° ano do Curso de Letras Licenciatura da Univille.


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