Lélia Gonzales - Presença e legitimação da mulher negra

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 Por Cleber Fabiano da Silva

               
                Se for verdade que uma andorinha sozinha não faz verão, também há que se acreditar que todo bando deve precisar de um líder, alguém com pensamentos e lutas capazes de constituir um movimento dinâmico, com marcas, dobras e fissuras suficientes para gerar mudanças e angariar adeptos.
                A vida de uma personagem real que ajudou a consolidar e legitimar a luta do movimento negro e feminista numa época de redemocratização do nosso país. O livro, Lélia Gonzalez, por Alex Ratts e Flavia Rios, editora Selo Negro, 2010, propõe-se a apresentar um pouco da vida e da militância dessa mineira nascida em 1935 e falecida em 1994 da qual herdamos um relevante legado para as discussões sobre raça, gênero e classe.
                A pequena – mas profunda biografia – conta, além dos aspectos pessoais da ativista, momentos marcantes de sua vida pessoal, seus conflitos e sua participação em movimentos sociais, políticos e culturais que desdobraram em articulações, trocas e confrontos cujos benefícios ainda são evidentes no cenário brasileiro de luta pelos direitos humanos.
                Professora, escritora, pesquisadora, militante, ativista, intelectual, mulher e negra, “Lélia transitou entre circuitos negros e brancos sem perder de vista seu horizonte racial” (p. 156). E a frágil andorinha ganha os ares e escreve seu nome nas histórias cotidianas e nem sempre contadas pela História, tornando-se verbete de enciclopédia e título indispensável a todos que buscam compreender a sociedade brasileira.                            
               
 FICHA TÉCNICA:

 Obra: Lélia Gonzalez
 Autores: Alex Ratts e Flavia Rios
 Editora: Selo Negro
 Ano: 2010


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