A grandeza das coisas desimportantes

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Por Maria Lúcia Costa Rodrigues

Por que pedras encantam tanto as crianças? Será que é porque ninguém as quer, ou porque sua inércia guarda segredos do tempo?
Essa tendência para empecilho talvez só Drummond possa explicar, porque se depender das crianças e do dicionário manuelês, a utilidade de uma pedra não terá importância nenhuma, mas sua irrelevância sim,  é ali que estão esquecidas a grandeza do nada que poetas e crianças conhecem tão bem.
E para conhecermos essa grandeza do nada Prisca Agustoni e André Neves nos apresentam Abauye, um menino africano que adorava colecionar pedras. As carências de sua vivência eram afagadas pelas pedras e pelas palavras, de preferência aquelas mais primorosas e caras como joias. Estas ele sabia muito bem usar, aprendeu com as mulheres de sua aldeia.
Para poder colecionar pedras Abauye parte numa jornada pelas estradas de seu país africano. Na aventura vivida por Abauye, ele não encontra só pedras, encontra também a triste Noémia, que não vê encanto nas pedras do menino.
Nessa história, André Neves com seu traço singular completa o texto de Prisca Agustoni com muita graça para mostrar que o desafio imposto por Abauye, para trazer aos lábios da jovem Noémia um sorriso, vem revelar ao leitor a magia das palavras que transformam realidades.

FICHA TÉCNICA:

Obra: O colecionador de pedras
Autor: Prisca Agustoni
Ilustrador: André Neves
Editora: Paulinas


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