Memória e Literatura Indígena

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Somos diversos e ummm

Msc. Alcione Pauli
Professora e pesquisadora do PROLIJ

Na semana que oficialmente o calendário lembra que há povos indígenas no Brasil faço minha homenagem aos guerreiros que continuam na “luta” e resistem para que seus direitos sejam respeitados e suas artes sejam divulgadas. Desejo que a sociedade perceba o quanto de “floresta” há em nós e como somos tão diversos e ummm. 
Mais do que celebrar o dia dedicado aos indígenas, necessitamos urgentemente de olhares sensíveis para que o território indígena seja protegido, para que suas culturas ganhem visibilidade, para que os nossos conhecimentos sejam “descolonizados”. 
Convido os espaços de educação formal e informal e a sociedade, para refletir e vivenciar “um ritual secular para lembrar que temos raízes, temos passado, temos história.” MUNDURUKU¹.
A sonhar que... “num distante o rio onde os botos vivem como gente, num distante reino onde os povos da floresta se juntam aos povos da cidade”... YAMò
Escutar que... “Em sonho, o encantado disse que assim, a bela indígena deveria permanecer: ora uma garça brincando em meio a vegetação nas margens dos mangues e dos rios, ora um pássaro preto cuja cor se confunde com a da baraúna”. GRAÚNA³.
Neste sentido, celebramos este e todos os “presentes-dias”, pois os povos indígenas são sempre em cada amanhecer e não em um só dia de abril. Celebremos: lendo histórias, conhecendo pinturas, assistindo filmes, ouvindo músicas, comendo as “farinhas” e acompanhando as lutas indígenas pela igualdade e pelo direito de viver.



¹MUNDURUKU, Daniel. Parece que foi ontem. Ilus. Maurício Negro (tradução de Jairo Alves Munduruku). São Paulo: Global, 2006.
²YAMÃ, Yaguarê. Um Curumim, uma canoa. Rio de Janeiro.: Zit, 2012.
³GRAÚNA, Graça. Criatuas de Ñanderu. Baueri, SP: Manole, 2010.



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