25
mai
2018
17:37

Resenha de Fahrenheit 451: Uma crítica à superficialidade da era da imagem

Fernanda Cunha
Diante a queima de livros de escritores e intelectuais por parte de nazistas em praça pública, Freud, instituidor da psicanálise, em 1933 fez o seguinte comentário ao seu amigo Ernest Jones: “Que progressos estamos fazendo. Na Idade Média, teriam queimado a mim; hoje em dia, eles se contentam em queimar meus livros”.
Com esse pensamento, podemos nos questionar como seria uma sociedade em que todos os livros fossem proibidos.
Guy Montag, o anti-herói de Fahrenheit 451, primeiro romance de Ray Bradbury, escrito em plena Guerra Fria, vive em um futuro que seria horrível à qualquer leitor, onde os livros configuram uma ameaça ao sistema, e que não podendo ser lidos, são queimados por aqueles que outrora se dedicavam a extinção de incêndios, os bombeiros.
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17
mai
2018
16:56

Once upon a time, a list of children's books: livros em inglês para novos leitores

Gabrielly Pazetto
Nicole Barcelos
*Agradecimentos especiais à Cymara Sell
A literatura de um povo (literalmente) diz muito sobre ele. Ela modifica-se tanto em conteúdo quanto em forma para assumir os contornos da realidade que integra, ou para distorcer e enfrentar as fronteiras que a sociedade vigente impõe. A literatura de um povo também diz muito sobre a sua língua. Como se representa o mundo, como se diz certas coisas - ou não se diz... Por isso, a literatura de um povo é um ótimo meio de conhecê-lo, seja em suas traduções para a nossa própria língua, seja no próprio texto original dos autores. Hoje, propomos um movimento diferente aqui no blog: nos dedicamos a olhar por alguns momentos livros escritos originalmente em inglês em suas versões originais, em tudo que tem  [...]

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10
mai
2018
17:23

Resenha de A diaba e sua filha: Eu sou os outros

Nicole Barcelos
Em um lugar qualquer, em um tempo qualquer, vaga pela noite uma diaba. De porta em porta, ela vai indagando quem encontra no caminho a respeito do paradeiro de sua filha, que sumiu sem deixar vestígios e da qual não se lembra direito. De profunda dor e incrível força poética, em A diaba e sua filha, a francesa Marie NDiaye constrói uma narrativa sobre identidade, medo e preconceito em que todos nós poderíamos ser a diaba ou aqueles que lhe fecham suas portas. 
Publicada em 2011 pela finada Cosac Naify, a estreia de NDiaye no gênero talvez ponha em cheque até mesmo o que alguns tenham por literatura infantil. Em uma bela edição que precisa ser urgentemente revisitada por uma nova editora, a autora francesa visita temas que podem ser  [...]

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