31
mai
2010
10:27

Caminhos de uma nova escrita. E de novas possibilidades de leitura.

Ítalo Puccini*
O mundo já é apresentado enquanto escrita, o que requer leitura e interpretação (LAJOLO, Marisa & ZILBERMANN, Regina).
A história da escrita e das línguas está longe de terminar, pois o caráter da escrita é imagético e transitório. Hoje falamos e escrevemos em português, mas há muito se cogita a criação de uma linguagem universal (uma tentativa foi o Esperanto, no século XIX) para unir todos os povos. A internet pode ajudar nesse processo, mas será possível? O tempo dirá.
O que temos hoje é quase que um retorno às primeiras formas de escrita registradas pela civilização. E é no espaço virtual que se pode observar esse retorno, essa busca  [...]

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30
mai
2010
17
mai
2010

Canção do Exílio

Inacreditável. É assim que podemos chamar a cidade de Porto. Como nosso voo sai daqui, cá estamos. Deslumbrados. É antiga a rivalidade que há entre Lisboa e Porto. Mas, os prolijianos que conhecem os dois lugares têm certeza de que a terra-natal de Almeida Garret é a mais linda de Portugal. De manhã e à noite. O mar e o rio se encontram e, ora são iluminados pelo sol, ora pela lua. As pontes, a ribeira, as caves de Vila Nova de Gaia (do outro lado das pontes), a livraria Lello, os museus, os passeios, as pessoas mais do que simpáticas encantam e nos fazem ter vontade de ficar, e ficar e ficar... e se tivermos que ir, temos a certeza de que voltaremos. Ah, Gonçalves Dias, as aves daqui gorjeiam maravilhosamente bem.
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17
mai
2010

Fim de Congresso e Porto nos aguarde

Nossa última manhã em Chaves aconteceu em 16-05. A sessão de comunicação foi moderada pelo presidente do Congresso, o Professor Doutor Armindo Mesquita. No evento, A lenda de Maria Mantela nos apresentada por Maria Assunção Annes Morais, que citou ser considerada infiel a mulher que, na antiguidade, tivesse mais de um filho de uma vez. Imagine sete! Carlos Nogueira em O diabo, as bruxas e a morte na literatura infantil discorreu sobre o plano da morte como o plano do tempo. Por sua vez, o enógrafo, Xosé Manuel Gonzalez, representando o museu do povo galego, Espanha, abordou, entre outros, a importância da preservação das lendas galegas de tradição oral. Terminado o Congresso, partimos para Porto, embalados por fados, na voz de Amália Rodrigues. A paisagem do trajeto era de encher os olhos que ficaram ainda mais extasiados com as belezas da cidade à qual chegávamos. Porto, uma  [...]

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17
mai
2010
15
mai
2010

Quarto dia

O sol retornou a cidade de Chaves e com ele, aquecemos as discussões no congresso. Antes, porém, saímos a essa linda cidade em busca de um contato com a cultura local. Visitamos livrarias, antiquários e, para comer, tivemos que recorrer a um fast food, pois estava muito tarde e tínhamos que ir ao congresso. Fizemos um grande contato com a professora Maria Eva Machado, da Universidade do Minho, dando um grande passo para a próxima pesquisa. Como as apresentações terminaram um pouco mais cedo, e como estávamos a vinte minutos de Verín, na Espanha, fomos conhecer essa cidade, a qual achamos “mui rica”.
Rodrigo e Silvio.
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15
mai
2010
15
mai
2010

Nossa vez

Às 8h30min (não pontualmente) o evento iniciou. Pegamos nossas pastas e assistimos à abertura. Estavam presentes na solenidade, entre outros, o presidente da câmara de vereadores de Chaves e o coordenador do PNL (Programa Nacional de Leitura). Este falou sobre a importância dos livros na vida de crianças e jovens, enfatizando o fato de que o virtual não pode ser descartado, pois sites e blogs também são propagadores da leitura. Em torno de 16h30min foi nossa vez. Havia expectativa por parte de todos, em relação a nossa fala. Inclusive, o Sr. Armindo Mesquita, organizador do Congresso e professor da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes, instituição envolvida no evento) revelou já ter lido os escritos da professora Sueli. Veio também nos recepcionar Fernando Azevedo, um professor da Universidade do Minho, o qual disse ter ficado interessadíssimo em nossos estudos de pós-modernidade e demonstrou interesse em levar o PROLIJ para  [...]

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15
mai
2010
15
mai
2010
15
mai
2010

Segundo dia

No segundo dia em terras lusas, descansamos, procurando fazer o corpo entender o fuso. A única coisa que fizermos fora do hotel foi um pequeno passeio pelo centro antigo de Chaves. A cidade foi fundada no século XIII e guarda bastantes resquícios medievais. Da janela do nosso quarto vimos, por exemplo, uma muralha que circunda uma torre. Ouvi dizer que é aberta à visitação. A maior parte do tempo, porém, usamos para preparar nossa apresentação, que será amanhã, logo no primeiro dia do Congresso. Segue o link com para quem quiser ver o programação: http://www.utad.pt/. Alencar.
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12
mai
2010

Chegada

Fizemos o caminho contrário de Cabral. É hora dos índios (ou mestiços) irem a Portugal. Se os portugueses já sabiam da existência da nossa terra, não sei. Nós viemos com um propósito bem específico: participar do III Congresso Internacional de Literatura Infantil e Juvenil, em Chaves, na região de trás-os-montes. Assim que chegamos a Porto, alugamos um carro e rumamos para o norte. É primavera na Europa, portanto a natureza, exibida, presenteia-nos com o que ela tem de mais lindo: as cores. Os montes são verdejantes, alourados, lilases, convidativos. Dão-nos as boas vindas e fazem-nos sentir em casa. Chaves é uma cidade aconchegante. Amanhã vamos ensaiar para o Congresso, pela manhã, e à tarde, queremos bater perna. Alencar.
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12
mai
2010
12
mai
2010
11
mai
2010
12:12

PROLIJ em São Francisco do Sul

O PROLIJ participou no último dia 28 de março do evento "A Literatura Infanto Juvenil no Brasil e as contribuições de Monteiro Lobato" realizado na cidade de São Francisco do Sul, promovido pela Fundaçao Cultural do municipio.
A Profª Dra. Sueli de Souza Cagnetti e os pesquisadores voluntários do PROLIJ, Alcione, Andréa, Alencar, Áurea e Rodrigo, contribuíram para o evento com uma palestra interativa para mais de 300 professores da rede municipal de ensino, além de estudantes dos cursos de magistério e de Pedagogia, possibilitando assim reflexão e discussão sobre o tema central do  [...]

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10
mai
2010
08:00

O imaginário no poder: as crianças e a literatura fantástica

Ítalo Puccini e Rodrigo da Silva
A imaginação – como a inteligência ou a sensibilidade –
cultiva-se ou atrofia-se
É esta uma das primeiras afirmações da autora Jacqueline Held no seu livro O imaginário no poder: as crianças e a literatura fantástica. Uma homenagem ao imaginário, assim poderíamos definir o centro das atenções desta obra. Um imaginário que cultivado pelo fantástico serve de fonte para as realizações e as conquistas daquele que o cria à medida que se constitui como Ser. Uma vez que, o fantástico representa “o irreal no sentido estético daquilo  [...]

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09
mai
2010
13:00

É só virar uma página e... Zoom!

*Rodrigo da Silva
Do início para o fim, de trás para frente, não importa como o lemos. Zoom é um livro que desconstrói a maneira pela qual vemos as coisas. A cada Zoom, somos levados a inúmeras reflexões (filosófica, social e a muitas outras), bem particulares de nossa condição humana. Pois, aquilo que parece estar ali, pertinho, na verdade pode estar muito longe. Aquele que parece ser real, pensando bem, não o é, mas e daí? O que importa é como absorvemos, construímos e transformamos as coisas a partir das nossas experiências e realidades. Quem sabe aquela questão enorme e difícil de resolver, um toque do tempo e Zoom... Ela pode parecer menor do que imaginávamos. E assim vão: a vida, as relações e todas as experiências -  [...]

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07
mai
2010
08:00

Uma viagem pela leitura

Kamila Erbs
Atualmente a leitura é um assunto que está constantemente em pauta. Discute-se o desenvolvimento e importância da leitura na política, universidades e na escola.
A leitura transita em diversas mídias como jornais, revistas, livros, internet, publicidade, fazendo-se presente nessas mídias e em outras mais. Essa atual transitividade pelos mais diferentes espaços direcionam e dão diferentes formas a nossa leitura.
O livro “Das tábuas da lei à tela do computador- A leitura em seu discursos”, de Marisa Lajolo e Regina Zilberman , discute justamente essa transitividade da leitura com propriedade histórica e textual
O texto é construído através de ensaios interligados nos quais as autoras discursam acerca da jornada da leitura, proporcionando ao leitor uma agradável viagem histórica.  [...]

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05
mai
2010
08:00

Espelho

*Maria Lúcia Rodrigues
Espelho é um belo exemplo de livro que não necessita de floreios na imagem para refletir grandes questões. Por meio de dois elementos em praticamente todo o livro, Suzi Lee, premiada autora nascida em Seul, na Coreia do Sul, aborda questões referentes às relações entre pessoas, ao autoconhecimento, a solidão, tolerância e talvez sobre muitas outras coisas, que somente as releituras e os múltiplos olhares lerão nela,. Afinal, uma narrativa visual quanto mais aberta for, mais rica será.
O enredo simples, conta o momento onde a personagem, uma menina, desenhada pela autora, de vestido amarelo e traços soltos a carvão ou material similar, encontra seu reflexo em um espelho. O ambiente vazio, traduzido pelo  [...]

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04
mai
2010
13:00

O Homem e seus Símbolos

*Andréa de Oliveira
O livro reúne textos e imagens de diferentes autores ligados à psicanálise, arte, mitologia e literatura, sendo organizado por Carl G, Jung, psiquiatra e psicanalista Suiço, contemporâneo de Freud e um dos grandes ícones da psicologia mundial, criador da Escola Analítica de Psicologia. Um dos primeiros textos foi escrito pelo próprio Jung e traz uma introdução explicativa sobre conceitos como, consciente e inconsciente. Toda a obra aborda as questões da subjetividade e em muitos momentos Freud é citado já que foi este autor o primeiro a tentar explorar empiricamente o plano inconsciente, a análise dos sonhos e a livre associação.
No percurso pode-se perceber a importância que as imagens oníricas descritas por Freud como resíduos arcaicos,  [...]

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02
mai
2010
13:00

A SOGRA

O ilustrador Guto Lins tem uma família ilustrada, mas muito real e que vem encantando leitores por esse mundão afora. Ele tem Mãe, Pai, Avó, Filho, Filha, Irmã, Primo e Sogra. A Coleção Família, do Guto, com um livro para cada uma dessas peças raras, dedica uma visão particular do autor, com texto e ilustração muito atraentes, bem articulados na sua composição e que nos traz sempre, com suavidade e um pouco de ironia, um tom de realidade a peculiaridade da representação de todos nas relações familiares. Em Sogra (Editora Globo: São Paulo, 2008 – apresentação Ziraldo), Guto dá um presentinho a essa figura quase que “mitológica” e estigmatizada que ela é. Afinal, no imaginário popular, Sogra é Sogra. Há até pouco tempo, não existia  [...]

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01
mai
2010
11:00

A morte, o pato e a tulipa,

Ítalo Puccini.
A presença da morte como personagem de livros infanto-juvenis não é novidade para os leitores mais atentos. O que encanta, justamente, são as possibilidades de narrativa e de personagens criadas por escritos no mínimo sensíveis a esta temática que, ao mesmo tempo em que assusta a muitos, encanta a outros tanto.
O escritor alemão Wolf Erlbruch, ganhador do prêmio Hans Christian Andersen em 2006, pelo conjunto da obra, bebeu desta fonte. São deles duas histórias nas quais a morte se personaliza.
Ele é autor de um livro lindíssimo, chamado “A grande questão”, no qual a grande questão que dá nome ao livro é a do por que viemos ao mundo. E ele apresenta respostas das mais finas para  [...]

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