Mãe é tudo igual? Livros para ler no dia das mães

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Gabrielly Pazetto
Luana Simão
Nicole Barcelos
*Agradecimentos especiais à Cymara Sell

O segundo domingo de maio é tradicionalmente o domingo para nos lembrarmos da figura que nos alenta, ampara e conforta: mãe. Seja ela de sangue ou de criação, este é um dia excelente para um café, biscoitos e... livros. Pensando nessa data, preparamos uma lista com treze livros que contam histórias que retratam as mais diversas mães – com os mais diferentes filhos.

Mamãe Trouxe um Lobo para Casa, de Rosa Amanda Strausz, com ilustrações de Fernando Nunes – Um divertido menino se vê em uma situação desconfortável quando sua mãe traz um lobo (de verdade) para morar com eles e ambos têm de aprender a lidar um com o outro. Nesta narrativa, a autora aborda a realidade de muitas mães divorciadas que decidem se casar novamente. A história partiu de uma experiência pessoal de Strausz, que afirma: “Hoje, eu, Diogo [filho] e meu novo marido vivemos muito felizes. Garanto a vocês que ninguém morde ninguém”.

Fico à espera, de Davide Cali e Serge Bloch – Nesta envolvente história rica em ilustrações, acompanhamos a narrativa quase inteiramente visual de uma vida inteira ligada por fios: criança, adolescente, adulto, idoso, todas essas fases se apresentam e se entrelaçam para formar uma composição emocionante nesta obra dos europeus Cali e Bloch.

Tchau, de Lygia Bojunga Nunes – Conto que dá nome ao livro homônimo, Tchau é a história de Rebeca, de seu irmão Donatelo, de seu Pai e sua Mãe, e de suas despedidas. No primeiro conto de uma seleção de quatro, Lygia Bojunga tece com leveza infantil o retrato amargo de muitos Pais e Mães – e de seus filhos que ficam para trás.

Orie, de Lucia Hiratsuka – Orie é uma pequena menina em um grande mundo. Acompanhando seus pais, em seu barco a cruzar os caminhos, ela passa a conhecer ao lado deles, pouco a pouco, as novidades que os lugares guardam aos seus olhos cheios de novidade. Em sua história repleta de vai-e-vens, Orie por vezes se deixa levar pela vida, e por vezes se deixa ficar. Porém, é com esse ir e vir, poeticamente escrito e ilustrado por Lucia Hiratsuka, que a menininha deixa de ser tão pequena assim – e aprende a deixar o ninho.

Pacto no bosque, de Gustavo Martin Garzo, com ilustrações de Beatriz Martin Vidal – Já recomendado como uma leitura de Páscoa, essa é uma história de mães e filhos. Todas as noites, Paula e Gustavo pedem à mãe para que conte a história de dois filhotes de coelho que, perdidos no bosque, encontram uma loba que está para dar cria. Pelas palavras da mãe, as crianças se transformam nos próprios coelhinhos que ajudam uma outra mãe: a loba que tem seus filhotes. Em uma narrativa que inspira o “fazer o bem sem olhar a quem”, o encanto das palavras de Gustavo Martin Garzo ganha vida nas ilustrações quase surreais de Beatriz Martin Vidal.

A diaba e sua filha, de Marie NDiaye, com ilustrações de Nadja – Em um lugar qualquer, em um tempo qualquer, vaga pela noite uma diaba. De porta em porta, ela vai indagando quem encontra no caminho a respeito do paradeiro de sua filha que sumiu sem deixar vestígios e da qual não lembra direito. NDiaye constrói nesse curto, porém profundo conto, uma narrativa sobre identidade, medo e preconceito em que todos nós poderíamos ser a diaba e aqueles que fecham suas portas para ela.

A galinha que criava um ratinho, de Ana Maria Machado, com ilustrações de Mariana Massarani – Cheios de vontade de ter um filho, um galo e uma galinha adotam um ratinho para criar e formam uma família bem feliz (e inusitada). Nesta curiosa fábula, Ana Maria Machado nos brinda com uma narrativa cheia de intertextualidades e uma moral um tanto quanto surpreendente. Completando o arco, os traços de Mariana Massarani deixam tudo ainda mais delicado.

A bruxa Salomé, de Audrey Wood, com ilustrações de Don Wood – Uma mãe sai para comprar mantimentos e avisa aos seus sete filhos: “Tenham muito cuidado e lembrem-se: não deixem ninguém estranho entrar nem cheguem perto do fogo”. Quando esta regra não é obedecida, é claro, uma grande confusão acontece. As ilustrações realistas de Don Wood e a história de Audrey Wood, sua esposa, fazem desta história uma ótima leitura para nos lembrar da força e da determinação que uma mãe pode ter.

João e Maria, de Neil Gaiman, com ilustrações de Lorenzo Mattotti – Nesta versão do clássico dos irmãos Grimm, Neil Gaiman traz uma mãe cruel, que convence o pai a abandonar João e Maria na floresta para que eles não precisem compartilhar sua comida com os filhos. Perdidos, eles se veem na casa de uma velhinha nada bondosa. Esta história reafirma a imagem da mãe insensível que os próprios Grimm haviam trazido no conto original. O italiano Lorenzo Mattotti completa a composição trazendo ilustrações em preto e branco, coroando o tom sombrio e excêntrico que permeia toda a narrativa.

Tudo e todas as coisas, de Nicola Yoon – Quando era um bebê, Madeline foi diagnosticada com uma doença que a tornava alérgica a todas as coisas. Desde então, nunca saiu de casa, tendo por companhia somente a mãe, a enfermeira e os livros. Agora, na adolescência, depois que uma nova família muda-se para a casa ao lado, Maddy percebe que o mundo e os sentimentos que já experimentou são muito mais amplos do que os limites de sua janela.

O Castelo Animado, de Diana Wynne Jones – Sophie não esperava nada de si mesma, tinha uma vida bem monótona e conformada, vivia na chapelaria que herdara do pai com as irmãs e a madrasta. Quando o feitiço de uma bruxa a torna uma velha de 90 anos, ela percebe que já não tem muito a perder e acaba por ir trabalhar no castelo do terrível mago Howl. Como nem tudo é como parece, Sophie vai ser desafiada a ver as coisas e as pessoas com outro olhar, assim como o livro, que desafia o leitor a ver a relação de madrasta e enteada além daquela dos contos de fadas.

Os Garotos Corvos, Maggie Stiefvater – Blue Sargent é a única não-medium em uma família de médiuns. Ela vive com a mãe, tias, primas e amigas em uma casa que parece mais uma entidade do que uma família, na verdade. Avisada pelas mulheres de sua vida de que se um dia beijasse o amor de sua vida, ele morreria, Blue se vê envolvida com um grupo de pessoas que sempre jurou manter longe. O livro é o primeiro de uma quadrilogia, em que os desafios vão além da aventura, os personagens irão em busca de um passado, de um futuro e de quem essencialmente são.



Gabrielly Pazetto é graduanda em Letras (Língua Porutuguesa e Inglesa) pela Univille e técnica em Informática. Atua como bolsista no Prolij e faz dos livros que lê barcos de viagens inesquecíveis.

Luana Simão é graduanda em Letras na Univille (Língua Porutuguesa e Inglesa) e divide seu tempo vago lutando em batalhas épicas, governando reinos distantes e viajando pelo hiperespaço.

Nicole Barcelos é graduanda em Letras na Univille (Língua Portuguesa e Língua Inglesa). Atua como bolsista do Prolij desde 2014 e vive se perdendo em buracos de coelho.


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3 comentários:

Anônimo disse...

Auriculo acupuntura, também chamada de Auriculoterapia, é uma técnica da Medicina Tradicional Chinesa realizada por meio da aplicação de pequenas esferas de sementes ou cristais na orelha, em pontos correspondentes aos órgãos e demais partes do corpo.

Acupuntura em São João da Boa Vista

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Anônimo disse...

É uma técnica natural onde utiliza-se o aroma e as partículas liberadas por diferentes óleos essenciais para estimular as diferentes partes do cérebro, ajudando a aliviar os sintomas de:

-ansiedade, insônia, depressão, asma ou resfriado; Promover o bem-estar; Fortalecer as defesas do corpo.

A terapia conhecida como Aromaterapia utiliza os óleos essenciais extraídos de plantas aromáticas, os quais possuem propriedades químicas e energéticas capazes de trazer benefícios para o corpo e a mente.

Esses preciosos elementos da natureza oferecem não apenas uma solução para questões estéticas e físicas, mas também ajudam a desbloquear questões emocionais e comportamentais.

Durante a sessão, realizada presencialmente ou à distância, é feita uma avaliação completa da pessoa como um todo, por meio de uma conversa que fornece informações importantes para o início do tratamento.

Se preferir, é possível fazer a seleção dos óleos essenciais com base nas sensações energéticas da pessoa em relação a cada um deles.

Ao final da sessão, a pessoa é orientada sobre quais óleos essenciais e vegetais adquirir, como preparar a sinergia adequadamente e como aplicá-la, permitindo que ela assuma o controle do seu próprio processo de cura.

Também é possível preparar a sinergia e enviá-la para a residência da pessoa, mediante um valor a ser definido de acordo com os materiais necessários e a localidade.

Acompanhamentos posteriores são essenciais para garantir o sucesso do tratamento, podendo ser realizados por meio de sessões que envolvam outras terapias, dependendo da questão a ser tratada, ou de sessões mais curtas para avaliar a necessidade de ajustes ou manutenções.

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Anônimo disse...

Dicionário Ilustrado de Termos da Construção Civil

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